Esec de Pirapitinga completa 31 anos

A Estação Ecológica (Esec) de Pirapitinga foi palco de várias pesquisas, desenvolvidas por 22 pesquisadores do curso de Biologia do Centro Universitário de Patos de Minas (Unipam). A unidade também completou, neste mês, 31 anos de criação.

Inicialmente, as sete pesquisas autorizadas contemplaram atividades de diagnóstico florístico em diferentes fitofisionomias e na trilha de educação ambiental, levantamento de espécies de dípteros ( (do grego di = duas e pteron = asas, devido às asas posteriores serem modificadas em forma de halteres e funcionarem apenas como estabilizadores de voo), diversidade da araneofauna, agentes polinizadores e análise de solo.

A pesquisadora Amanda Dias destacou que essas pesquisas serão as primeiras de muitas outras que ocorrerão em parceria entre a Esec Pirapitinga, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e Unipam. A unidade de conservação possibilita a realização de pesquisas em várias áreas e conta com importante apoio logístico da equipe do ICMBio e voluntários, estrutura e trilhas.

O analista ambiental Tiago Rezende classifica o trabalho dos pesquisadores como um grande passo para o desenvolvimento de novas pesquisas abrangendo áreas do conhecimento ainda não exploradas na unidade. “A vinda dos pesquisadores e os resultados preliminares, com a identificação de novas espécies da fauna e flora dentro da Esec, ampliando o número de espécies conhecidas, comemoram com sucesso e orgulho os 31 anos de aniversário da Esec Pirapitinga”, afirma Rezende.

As pesquisas, juntamente com os resultados preliminares, demonstram a importância da Estação Ecológica de Pirapitinga para a conservação de espécies da fauna e flora existentes na Bacia do Rio São Francisco.

Sobre a unidade

A Estação Ecológica de Pirapitinga está localizada no estado de Minas Gerais, no leito do rio São Francisco. Criada julho de 1987, ela corresponde a uma ilha artificial, criada pela Usina Hidrelétrica de Três Marias. Preservar uma amostra do bioma Cerrado, em todas as suas fitofisionomias, assegurando os processos sucessionais; contribuir para a manutenção da viabilidade ecológica de populações de fauna e flora associadas à ilha, em longo prazo, proteger as espécies de flora ameaçadas de extinção no Estado de Minas Gerais, como a sucupira-branca Pterodon emarginatuse o baru Diptera alata; assegurar a proteção dos ambientes necessários à reprodução do jacaré-do-papo-amarelo Caiman latirostris e do anfíbio Ameerega flavopicta, são alguns dos objetivos da unidade de conservação.

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