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Esec de Murici reconecta fauna e flora em corredor ecológico
Publicado em
04/09/2020 11h15
Atualizado em
04/09/2020 11h31
Obra já iniciou em maio e ligará duas áreas da unidade separadas por uma fazenda de gado
Corredor é importante para permitir o fluxo gênico entre as espécies de fauna e flora.(Foto: Acervo/ICMBio)
A Estação Ecológica (Esec) de Murici, em Alagoas, iniciou, no mês de maio, a construção de um corredor ecológico. O objetivo é reconectar as áreas para proporcionar o deslocamento de animais, a dispersão de sementes e o aumento da cobertura vegetal. O corredor ligará o setor leste e oeste da unidade de conservação federal, isolados a mais de 20 anos por pastagem.
A área de ligação é da Fazenda Bananeiras que terá 100 metros de largura, e que teve a construção do corredor permitida pelo proprietário. Os brigadistas da unidade ajudam na construção da cerca utilizando estacas da madeira de sabiá (típica do Nordeste), que foram todas recolhidas de áreas degradadas. O arame e o grampo foram doados pela Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil).
“Já identificamos três nascentes que vão ser recuperadas dentro do corredor”, conta o analista ambiental e chefe da unidade de conservação, Marco Antônio Freitas. Segundo ele, o corredor é importante para permitir o fluxo gênico entre as espécies de fauna e flora. “Muitos animais são fotofóbicos e não atravessam 10 metros sem que tenha mata. Além disso, o corredor vai reconectar ilhas de florestas existentes na área para fazer as pontes e ainda serão plantadas árvores nativas”, explica Freitas.
Os corredores ecológicos são alternativas para reconectar fragmentos dos ecossistemas, muito utilizados no sudeste e sul do Brasil a partir dos anos 90. Essa ferramenta de conservação reduz os efeitos da fragmentação dos ecossistemas ao promover a ligação entre as áreas. Com isso, ajuda na manutenção do fluxo de espécies entre fragmentos naturais, a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade. São, portanto, uma estratégia para a manutenção das funções ecológicas no mesmo território.
Ilustração da @Arvoreagua
Grande número de espécies endêmicas
Localizada em Alagoas, a Estação Ecológica de Murici foi criada em 2001 e possui 6.131 hectares composta por Mata Atlântica; possui o maior fragmento deste bioma ao norte do Rio São Francisco e abriga pelo menos 40 espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, dentre as mais raras está um pequeno pássaro conhecido como choquinha de Alagoas, que pesquisadores e o ICMBio atuam para tirá-la da extinção. O lugar ainda abriga a jararaca de murici (Bothrops muriciensis), espécie endêmica, que ocorre em floresta ombrófila densa encontrada em um fragmento florestal pequeno dentro da unidade, com algumas dezenas de indivíduos adultos.
Entre os mamíferos, se destacam o macaco guariba e o tamanduaí, o menor tamanduá do mundo, com apenas 400 gramas de peso e de hábitos noturnos, além do gato do mato, a jaguatirica, a lontra e o cuandu-mirim. Nesta região de Alagoas encontram-se mamíferos, como o porco do mato "caititu", veado e a paca. Já quanto aos anfíbios e répteis, existem na região pelo menos cinco espécies de anfíbios anuros (sapos e pererecas) endêmicos e ameaçados de extinção.
Corredor é importante para permitir o fluxo gênico entre as espécies de fauna e flora.(Foto: Acervo/ICMBio)
A Estação Ecológica (Esec) de Murici, em Alagoas, iniciou, no mês de maio, a construção de um corredor ecológico. O objetivo é reconectar as áreas para proporcionar o deslocamento de animais, a dispersão de sementes e o aumento da cobertura vegetal. O corredor ligará o setor leste e oeste da unidade de conservação federal, isolados a mais de 20 anos por pastagem.
A área de ligação é da Fazenda Bananeiras que terá 100 metros de largura, e que teve a construção do corredor permitida pelo proprietário. Os brigadistas da unidade ajudam na construção da cerca utilizando estacas da madeira de sabiá (típica do Nordeste), que foram todas recolhidas de áreas degradadas. O arame e o grampo foram doados pela Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil).
“Já identificamos três nascentes que vão ser recuperadas dentro do corredor”, conta o analista ambiental e chefe da unidade de conservação, Marco Antônio Freitas. Segundo ele, o corredor é importante para permitir o fluxo gênico entre as espécies de fauna e flora. “Muitos animais são fotofóbicos e não atravessam 10 metros sem que tenha mata. Além disso, o corredor vai reconectar ilhas de florestas existentes na área para fazer as pontes e ainda serão plantadas árvores nativas”, explica Freitas.
Os corredores ecológicos são alternativas para reconectar fragmentos dos ecossistemas, muito utilizados no sudeste e sul do Brasil a partir dos anos 90. Essa ferramenta de conservação reduz os efeitos da fragmentação dos ecossistemas ao promover a ligação entre as áreas. Com isso, ajuda na manutenção do fluxo de espécies entre fragmentos naturais, a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade. São, portanto, uma estratégia para a manutenção das funções ecológicas no mesmo território.
Ilustração da @Arvoreagua
Grande número de espécies endêmicas
Localizada em Alagoas, a Estação Ecológica de Murici foi criada em 2001 e possui 6.131 hectares composta por Mata Atlântica; possui o maior fragmento deste bioma ao norte do Rio São Francisco e abriga pelo menos 40 espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, dentre as mais raras está um pequeno pássaro conhecido como choquinha de Alagoas, que pesquisadores e o ICMBio atuam para tirá-la da extinção. O lugar ainda abriga a jararaca de murici (Bothrops muriciensis), espécie endêmica, que ocorre em floresta ombrófila densa encontrada em um fragmento florestal pequeno dentro da unidade, com algumas dezenas de indivíduos adultos.
Entre os mamíferos, se destacam o macaco guariba e o tamanduaí, o menor tamanduá do mundo, com apenas 400 gramas de peso e de hábitos noturnos, além do gato do mato, a jaguatirica, a lontra e o cuandu-mirim. Nesta região de Alagoas encontram-se mamíferos, como o porco do mato "caititu", veado e a paca. Já quanto aos anfíbios e répteis, existem na região pelo menos cinco espécies de anfíbios anuros (sapos e pererecas) endêmicos e ameaçados de extinção.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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