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Equipe da Reserva Extrativista Ipaú-Anilzinho participa de capacitação em irrigação com potes de argila
Capacitação reuniu servidores do Instituto Chico Mendes no município de Tucuruí (PA) - Foto: Katiane Caldas Lima
Servidores do Instituto Chico Mendes que atuam na Resex Ipaú-Anilzinho participaram de uma capacitação sobre a tecnologia de irrigação com potes de argila em sistemas agroflorestais, denominada IrrigaPote. O curso foi promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio).
O projeto foi apresentado pela pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, Lucieta Guerreiro Martorano, que explicou como funciona essa ferramenta social de baixo custo, sustentável e de fácil aplicação na agricultura familiar.
Para irrigar os sistemas agroflorestais, potes de barro são enterrados próximos às culturas escolhidas pelos agricultores. A água da chuva é captada por calhas, armazenada em caixas d'água e direcionada aos potes de barro por meio de tubos de PVC e mangueiras conectados a boias instaladas nas tampas dos potes. Todo o processo é alimentado automaticamente por força gravitacional e o fechamento das boias é controlado mecanicamente quando os potes estão cheios.
Após instalado, a natureza assume seu papel. Durante o período de estiagem, uma camada de água é formada e condensada na superfície do pote, que são porosos. As plantas, por sua vez, prolongam suas raízes, envolvendo os potes, captando assim a água necessária durante o período de seca. Quando há oferta hídrica, a água do pote permanece armazenada.
A capacitação foi realizada nos dias 11 e 12 de junho na fazenda de Renata Campos, em Tucuruí (PA), onde um projeto modelo, composto por cerca de 100 potes e três caixas d’água, está sendo implementado com o objetivo de irrigar árvores frutíferas nativas e comerciais, hortaliças e ervas medicinais de forma sustentável, aproveitando a água da chuva.
A agente temporária ambiental da Resex Ipaú-Anilzinho, Suelen Quadros, participou da capacitação e pretende aplicar a técnica na unidade de conservação. “É uma alternativa para pequenas propriedades rurais e irá somar para o dia a dia na reserva como forma de garantir essa oferta de água no solo, principalmente em período de estiagem prolongada”, aponta.
O próximo passo é difundir a tecnologia na região e atrair parcerias para implementar a tecnologia de IrrigaPote em sistemas agroflorestais presentes na unidade de conservação, garantindo assim renda e segurança alimentar às comunidades tradicionais, composta majoritariamente por extrativistas e pequenos agricultores familiares.
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Com informações Reserva Extrativista Ipaú-Anilzinho
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