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Decreto municipal reconhece trilha Transcarioca
Com 180 quilômetros de extensão, 40 deles dentro do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, ela passa a ser, oficialmente, a maior trilha urbana da América Latina
Elmano Augusto
elmano.cordeiro@icmbio.gov.br
Brasília (07/06/2017) – A trilha Transcarioca, com 180 quilômetros de extensão, que vai do Morro da Urca até Barra de Guaratiba, cruzando áreas verdes e unidades de conservação na cidade do Rio de Janeiro, foi reconhecida como corredor ecológico pela prefeitura municipal. Com isso, ela passa, oficialmente, a ser a maior trillha urbana da América Latina.
Pelo menos 40 dos 180 quilômetros ficam dentro do Parque Nacional da Tijuca. O trecho está totalmente conservado e sinalizado, num trabalho que envolveu servidores da unidade de conservação gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e grande número de voluntários que atuam no parque.
O coordenador de Uso Público do ICMBio, Pedro Menezes, elogiou a iniciativa da prefeitura e disse que a trilha vem se consolidando cada vez mais como opção de lazer, esporte e turismo na natureza para cariocas e visitantes da cidade. "A Transcarioca é uma construção coletiva e faz parte dos nossos esforços de oferecer à sociedade um meio ambiente equilibrado, direito de todos previsto na Constituição brasileira", diz ele.
Menezes foi o primeiro a lançar a ideia de criação da trilha. A proposta, apresentada em seu livro Transcarioca: todos os passos de um sonho, publicado em 2000, foi baseada em exemplos bem sucedidos de trilhas de longo curso, como a Appalachian Trail (EUA), Huella Andina (Argentina), Hoerikwaggo Trail (África do Sul) e Te Araroa Trail (Nova Zelândia).
A implantação, que durou anos e envolveu mais de mil voluntários e dezenas de reuniões, oficinas e ações de manejo, ganhou força com a instituição do Mosaico Carioca de Áreas Protegidas, criado oficialmente pelo Ministério do Meio Ambiente, em julho de 2011.
Hoje, a trilha é considerada modelo de conservação de diversos ecossistemas da Mata Atlântica, funcionando como ferramenta de desenvolvimento sustentável, por meio do ecoturismo e educação ambiental, em áreas de restinga, manguezal, praia, costão rochoso, floresta de baixada e floresta de montanha.
Comunicação ICMBio
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