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Cururupu discute novas regras de pesca
Reunião do Conselho Deliberativo da reserva extrativista marinha, gerida pelo ICMBio no Maranhão, avaliou ainda ações de educação ambiental, proteção e gestão da biodiversidade
Brasília (08/04/2017) – A Reserva Extrativista (Resex) Marinha de Cururupu, no Maranhão, discutiu, na mais recente reunião do Conselho Deliberativo, a regulamentação da pesca de cacuri (curral de peixe). Segundo o chefe da Resex, Eduardo Borba, as novas regras definem critérios para tornar esse tipo de pescaria mais seletivo e menos predatório.
Nesse sentido, ficou acertado que toda a rede de pesca, inclusive a porção denominada de “chiqueiro”, será confeccionada com malha de diâmetro igual ou superior a 50 mm. Além disso, deverá ser usado o instrumento denominado de “landruá” para a captura do pescado e a retirada da rede será feita no horário da meia-maré de vazante. O prazo para adequação às novas regras é de seis meses, a contar da data da reunião (21 de março).
Ainda no encontro, foram apresentadas as propostas do projeto Pesca para Sempre, que vem sendo desenvolvido pela organização não-governamental Rare em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), gestor da reserva, e a Universidade Estadual do Maranhão na comunidade de Guajerutiua desde 2015. O objetivo é diminuir a captura pescada-amarela (
Cynoscion acoupa
).
O conselho aprovou a necessidade de se realizar o rodízio das áreas de pesca, por meio da proibição nos locais de desova da pescada-amarela em períodos alternados para fins de manejo da espécie até que se busque o defeso (períodos de proibição da pesca para reposição dos estoques). O rodízio de poços está previsto para começar ainda este ano.
Durante a reunião, foram apresentados, também, os programas previstos no plano de manejo, com ênfase para as ações de educação ambiental, proteção e gestão, que deverão ser executadas em curto e médio prazo. Além disso, os conselheiros destacaram a importância da comunicação como um programa transversal, que deve ser desenvolvido em paralelo com os demais, devido à importância da divulgação permanente das regras vigentes na UC.
Além disso, houve a apresentação das atividades de monitoramento de tartarugas marinhas na base do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Tartarugas Marinhas (Tamar), em Pipa (RN), onde uma analista da reserva passou por treinamento recentemente. Em breve, o ICMBio vai iniciar esse tipo de trabalho no litoral do Maranhão, utilizando metodologias do Tamar. Na reunião, foram definidas as áreas piloto para o inicio das atividades.
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Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280