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A cidade abriga as mais de 50 aves que vieram da Alemanha para o Brasil em março deste ano.
Curaçá comemora o Dia Municipal da Ararinha-azul
Publicado em
16/10/2020 17h13
Atualizado em
16/10/2020 17h14
No sábado (26) foi comemorado o Dia Municipal da Ararinha-azul na cidade de Curaçá, na Bahia. A comemoração foi instituída por lei em 27 de setembro de 2016, que criou também a Semana Municipal da Ararinha-azul. É na cidade de Curaçá que estão as mais de 50 ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) vindas da ACTP, da Alemanha para o Brasil, em março deste ano. Elas estão no Centro de Reprodução e Reintrodução mantido pela ACTP e estão se sentindo em casa. As aves, endêmicas da região de Curaçá do semiárido, estão se ambientando ao clima seco e quente.
A expectativa é que no primeiro semestre de 2021 algumas ararinhas-azuis sejam soltas na natureza, acompanhadas por maracanãs (outra espécie de psitacídeo que possui hábitos semelhantes às ararinhas-azuis). Segundo a veterinária, coordenadora do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul e analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Camile Lugarini, a maracanã foi identificada como a melhor espécie-modelo para refinar as metodologias de soltura da ararinha-azul. “Isso acontece pela similaridade de tamanho, de forrageamento, especificidade de habitat, por se agruparem em bandos, dentre outras características”, argumenta.
Camile explica que a estratégia é preparar as aves para serem soltas o mais jovem possível, a fim de aproveitar sua curiosidade inata para explorar e experimentar uma grande variedade de alimentos disponíveis e, assim, evitar instintivamente os predadores. Outro aspecto importante do projeto é testar as tecnologias de rastreamento. Mas isso ainda está sendo decidido pelos pesquisadores. A possibilidade é o rastreamento por rádio tradicional para localização das aves ou uso de transmissores mais modernos com captação de sinais a partir de sinais de celular, quando elas forem soltas na natureza.
A ararinha-azul é considerada uma das espécies de aves mais ameaçadas do mundo. Endêmica de uma pequena região no semiárido, o último indivíduo selvagem desapareceu da Caatinga baiana em outubro de 2000, o que levou a espécie a ser classificada como Criticamente em Perigo (CR), possivelmente Extinta na Natureza (EW). Desde 2000, os poucos exemplares que restaram em coleções particulares vêm sendo usados para reproduzir a espécie em cativeiro. A espécie foi descoberta no início do século 19 pelo naturalista alemão Johann Baptist von Spix.
A reintrodução das ararinhas-azuis no seu bioma de origem é um processo previsto pelo Plano de Ação Nacional (PAN) da Ararinha-Azul em conjunto com organizações internacionais que detinham grande parte das aves em cativeiro. No primeiro ciclo do PAN, dentre outros resultados, o principal foi a multiplicação de animais em cativeiro para aumentar a variabilidade genéticas das aves. Agora, no segundo ciclo, o objetivo esperado é realizar a soltura de algumas ararinhas-azuis com as maracanãs.
As ações de conservação, previstas no PAN, culminaram na criação de duas Unidades de Conservação (UCs) em 2018: Refúgio de Vida Silvestre e a Área de Proteção Ambiental – APA da Ararinha Azul. O objetivo de criação das unidades de conservação é uma estratégia de proteção das amostras do bioma Caatinga, especialmente os fragmentos florestais de mata ciliar e de savana estépica relevantes para o ciclo de vida da ararinha-azul.
A expectativa é que no primeiro semestre de 2021 algumas ararinhas-azuis sejam soltas na natureza, acompanhadas por maracanãs (outra espécie de psitacídeo que possui hábitos semelhantes às ararinhas-azuis). Segundo a veterinária, coordenadora do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul e analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Camile Lugarini, a maracanã foi identificada como a melhor espécie-modelo para refinar as metodologias de soltura da ararinha-azul. “Isso acontece pela similaridade de tamanho, de forrageamento, especificidade de habitat, por se agruparem em bandos, dentre outras características”, argumenta.
Camile explica que a estratégia é preparar as aves para serem soltas o mais jovem possível, a fim de aproveitar sua curiosidade inata para explorar e experimentar uma grande variedade de alimentos disponíveis e, assim, evitar instintivamente os predadores. Outro aspecto importante do projeto é testar as tecnologias de rastreamento. Mas isso ainda está sendo decidido pelos pesquisadores. A possibilidade é o rastreamento por rádio tradicional para localização das aves ou uso de transmissores mais modernos com captação de sinais a partir de sinais de celular, quando elas forem soltas na natureza.
A ararinha-azul é considerada uma das espécies de aves mais ameaçadas do mundo. Endêmica de uma pequena região no semiárido, o último indivíduo selvagem desapareceu da Caatinga baiana em outubro de 2000, o que levou a espécie a ser classificada como Criticamente em Perigo (CR), possivelmente Extinta na Natureza (EW). Desde 2000, os poucos exemplares que restaram em coleções particulares vêm sendo usados para reproduzir a espécie em cativeiro. A espécie foi descoberta no início do século 19 pelo naturalista alemão Johann Baptist von Spix.
A reintrodução das ararinhas-azuis no seu bioma de origem é um processo previsto pelo Plano de Ação Nacional (PAN) da Ararinha-Azul em conjunto com organizações internacionais que detinham grande parte das aves em cativeiro. No primeiro ciclo do PAN, dentre outros resultados, o principal foi a multiplicação de animais em cativeiro para aumentar a variabilidade genéticas das aves. Agora, no segundo ciclo, o objetivo esperado é realizar a soltura de algumas ararinhas-azuis com as maracanãs.
As ações de conservação, previstas no PAN, culminaram na criação de duas Unidades de Conservação (UCs) em 2018: Refúgio de Vida Silvestre e a Área de Proteção Ambiental – APA da Ararinha Azul. O objetivo de criação das unidades de conservação é uma estratégia de proteção das amostras do bioma Caatinga, especialmente os fragmentos florestais de mata ciliar e de savana estépica relevantes para o ciclo de vida da ararinha-azul.
Comunicação ICMBio
comunicacao@icmbio.gov.br
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