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CTBio recebe monitoramento da biodiversidade aquática
Publicado em
28/11/2019 18h46
Atualizado em
28/11/2019 18h48
Evento reuniu técnicos dos órgãos ambientais que compõem a CTBio-CIF, pesquisadores da RRDM, da Fundação Renova e convidados.
Seminário foi promovido pela Câmara Técnica de Conservação e Biodiversidade (CTBio). (Foto:Acervo/ICMBio)
Nos dias 20 e 21 de novembro foi realizado, no auditório do CCE - Centro de Ciências Exatas da UFES, Campus Goiabeiras, o 2º Seminário Técnico-Científico de Avaliação do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática (PMBA), executado pela Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (FEST) e Rede Rio Doce Mar (RRDM), por meio do acordo de cooperação firmado com a Fundação Renova. O PMBA tem como objetivos centrais a identificação e mensuração de impactos do rompimento da barragem de Fundão/Samarco na biodiversidade aquática em rios, lagos, lagoas, praias, restingas, manguezais e mar.
O seminário foi promovido pela Câmara Técnica de Conservação e Biodiversidade (CTBio), que integra o Comitê Interfederativo (CIF), e é coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), junto com os demais órgãos ambientais federais e do estado do Espírito Santo. O encontro teve a participação de pesquisadores das universidades que integram a RRDM e FEST, bem como técnicos da Fundação Renova, da Câmara Técnica de Conservação e Biodiversidade - CTBio, IEMA-ES, IBAMA-ES, Ministério Público e representantes dos segmentos dos atingidos, como Sindicato dos Pescadores do ES.
Segundo Joca Thomé, que representou o Coordenador da CTBio, são grandes os desafios, considerando que este é o maior acidente de mineração ocorrido no Brasil. São mais de 7 mil páginas desse estudo que temos para analisar, ressaltou. O estudo deve ser encaminhado pela CTBio a outras Câmaras Técnicas como a de Saúde, visando auxiliar em outras análises e tomadas de decisão por parte do CIF. Após análises pelos órgãos ambientais do ES possivelmente ajustes serão propostos, seja na malha amostral ou nas perguntas centrais a serem respondidas em relação ao impacto, considerando o marco temporal de 4 anos após o desastre ambiental.
Durante os dois dias de evento, a RRDM apresentou uma síntese dos resultados relativos aos primeiros 12 meses de monitoramento (setembro/2018 a setembro/2019) no âmbito do PMBA. Nos próximos meses, o estudo desenvolvido pela RRDM será analisado pela CTBio e demais órgãos ambientais, visando dimensionar o impacto na biodiversidade, suas consequências e possíveis medidas mitigadoras, assim como subsidiar definições sobre a continuidade dos estudos e monitoramento nos próximos anos.
Entre os resultados apresentados pela RRDM foram apontadas evidências de alterações na estrutura, composição e funcionamento dos componentes abióticos e bióticos dos ecossistemas dulcícolas (calha do rio Doce, lagos e lagoas associadas), costeiros (estuário, praias, manguezais e restingas) e marinhos. As pesquisas também destacam a calha, estuário e foz do Rio Doce, bem como a região costeira adjacente próxima a esta foz do rio Doce, tanto ao sul quanto ao norte, como sendo as áreas onde foram observadas as maiores evidências de impactos associados aos rejeitos oriundos do rompimento da barragem de Fundão.
Os dados foram coletados ao longo de 12 meses de trabalho e envolveu aproximadamente 500 pesquisadores de 27 instituições de ensino e pesquisa de todo o país. Os estudos consideram em suas análises dados coletados antes e depois do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana/MG, e monitoram a fauna e a flora dos rios, lagoas, praias e mar em sua porção capixaba.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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