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COP 22 vai discutir mudanças climáticas
Brasil destacará no encontro da ONU que começa segunda (7), em Marrakech, Marrocos, a importância das UCs para reduzir o desmatamento e as emissões de carbono
Brasília (04/11/2016) – As unidades de conservação (UCs) contribuem fortemente para reduzir as emissões de carbono e são condições naturais favoráveis à adaptação das populações às mudanças climáticas. O Brasil fez um esforço significativo de redução do desmatamento, que representou a maior diminuição de gases do efeito estufa já vista no mundo. E as UCs tiveram importante papel nessa redução.
Essas e outras conquistas deverão ser relatadas pelo Brasil à 22ª Conferência das Partes (COP 22) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). O encontro reunirá 190 países entre os dias 7 e 18 de novembro, em Marrakech, Marrocos. Chefiada pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, a delegação brasileira apresentará ao todo sete propostas, que envolvem questões como tecnologias e adaptação às mudanças climáticas.
Na ocasião, serão negociados os primeiros passos da regulamentação do Acordo de Paris, que começa a vigorar nesta sexta-feira (4) e reúne esforços globais para frear a mudança do clima. Como já concordaram em combater o aquecimento global, os países discutirão, agora, formas de concretizar suas metas. O objetivo da Conferência é detalhar medidas que cada Estado terá de adotar em seus territórios para conter as mudanças climáticas.
Acordo de Paris
Com o objetivo de firmar regras para estabelecer um modelo de desenvolvimento que não agrida o sistema climático, mais de 190 países concluíram o chamado Acordo de Paris em dezembro de 2015. Em menos de um ano, o documento entrou em vigor depois que mais de 55 dessas nações, responsáveis por pelo menos 55% das emissões globais, transformaram esse texto em leis nacionais.
Pelo Acordo, cada país tem metas específicas a cumprir para fazer a sua parte frente ao aquecimento global. Considerado um dos mais ambiciosos, o compromisso brasileiro é cortar 37% das emissões até 2025, com indicativo de reduzir 43% até 2030. Esse objetivo foi aprovado pelo Congresso Nacional em tempo recorde e já tem força de lei em território nacional.
Propostas
Em Marrakech, a comunidade internacional definirá detalhes a cerca da implementação do Acordo de Paris. As principais propostas que o Brasil defenderá são:
- Transparência ligada às Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs).
- Adaptação à mudança do clima, em uma proposta conjunta com Argentina e Uruguai sobre o tema, dentro das NDCs.
- Mecanismos de mercado e formas de medir e verificar emissões.
- Marco sobre transferência de tecnologias
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