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Conselho da Flona de Lorena debate zona de amortecimento
Encontro mobilizou diversos setores da sociedade de Lorena
Brasília (11/11/2013) – No dia 05 de novembro, foi realizada no Centro de Comunicação e Educação Ambiental da Floresta Nacional de Lorena, a terceira reunião do conselho consultivo este ano. O objetivo principal da reunião foi discutir o Plano de Manejo da unidade de conservação (UC) federal e definir sua Zona de Amortecimento. "O assunto é de significativa importância para o município, principalmente pelo fato da floresta nacional estar praticamente dentro da cidade de Lorena, ou seja, de ser uma unidade de conservação urbana", frisa o chefe da floresta nacional, Miguel von Behr. Um dos documentos a serem elaborados é o Mapa da Zona de Amortecimento da UC, que está sendo elaborado como uma condicionante a ser cumprida pela empresa de mineração Geodesign Internacional, localizada próximo à floresta nacional.
Reinaldo Escada Chohfi, representando a empresa Geodesign Internacional, fez a apresentação do mapa contendo a proposta da zona de amortecimento em processo de elaboração. Tal proposta já havia sido apresentada aos secretários municipais, mas se encontra em processo de aperfeiçoamento. Foram utilizados os seguintes critérios para definição da Zona de Amortecimento: micro bacia do Rio dos Passos ou Quatinga e Tijuco Preto, que cortam a unidade, parte das micros bacias do Rio Mandi, Taboão e Canas que passam muito próximo da floresta nacional, além de remanescentes florestais e várzeas ao longo do Rio Paraíba, formando um corredor ecológico com a UC. Entre as informações que constarão no mapa, estão: áreas com reflorestamento, mata, capoeira, várzeas, micro bacias, sistema viário, áreas urbanas, áreas industriais e limite da Floresta Nacional de Lorena.
O chefe da UC, Miguel von Behr, destacou que o objetivo da área proposta como Zona de Amortecimento não é de forma alguma congelar o desenvolvimento da área, mas sim proteger o entorno da floresta nacional. "Esperamos que o ICMBio seja ouvido e que as restrições impostas pela legislação ambiental atualmente existente sejam cumpridas, o que infelizmente não ocorre não só em Lorena, mas em todo o Vale do Paraíba", reiterou von Behr. Além disso, ficou claro entre os presentes, que a zona de amortecimento deve ser considerada uma área prioritária para desenvolvimento de projetos sustentáveis com objetivo de incentivar atividades econômicas que gerem emprego e renda, mas que levem em consideração a questão ambiental e a exploração sustentável dos recursos naturais, como apoio à recuperação de áreas degradadas, implantação de projetos de agrofloresta e pagamento aos proprietários rurais por serviços ambientais.
Também foi sugerido ao representante da Prefeitura de Lorena, Willinilton Portugal, que a prefeitura agilize os trabalhos referentes ao Plano Diretor de Lorena. "É de interesse da floresta nacional que os trabalhos entre o Plano de Manejo e o Plano Diretor ocorram simultaneamente", frisou Alexandra Andrade, do Instituto Oikos de Agroecologia. Segundo ela, a definição da zona de amortecimento não pode esperar pela Prefeitura, sob risco de haver problemas futuros em termos de conflitos territoriais. O secretário Municipal de Meio Ambiente e representante da Prefeitura no Conselho, Willinilton Portugal, acha importante buscar um ponto de equilíbrio entre a zona de amortecimento e o desenvolvimento da cidade. "Na próxima reunião traremos mais secretarias para participar da discussão", frisou.
Comunicação ICMBio
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