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Condutores aproximam sociedade e natureza
Publicado em
16/05/2018 13h58
Atualizado em
16/05/2018 14h55
Serviços de condução enriquem experiências de ecoturismo nas unidades de conservação.
Visitar uma unidade de conservação (UC) é ter a possibilidade de experimentar sensações que só o contato com a natureza oferece. Caminhar respirando ar puro, tomar banho de cachoeira, percorrer trilhas a pé ou de bicicleta, observar a fauna e a flora, ser surpreendido por incríveis paisagens. Todas essas experiências de ecoturismo contam com importantes aliados nas UCs brasileiras: os condutores de visitantes.
Responsáveis pelo desenvolvimento de atividades informativas e interpretativas sobre os ambientes naturais e culturais visitados, os condutores enriquecem a vivência do turista e contribuem para o monitoramento dos impactos socioambientais nos locais de visitação. Esses profissionais são cadastrados e autorizados pelas unidades de conservação, além de receberem capacitação específica reconhecida pela UC.
Em maio de 2016, o ICMBio publicou a Instrução Normativa (IN) nº 2, que estabelece regras e procedimentos para autorização de serviços de condução de visitantes nas áreas protegidas federais. O instrumento tem como objetivos ordenar, qualificar e oferecer mais segurança às atividades de visitação em UCs. A IN cumpre, ainda, o importante papel de fomentar um caráter mais profissional no trabalho de condução, que gera emprego e renda sobretudo para jovens moradores do entorno das unidades.
RECOMENDAÇÕES
Embora não seja obrigatória a contratação de guias nos passeios, o ICMBio recomenda que isso seja feito em casos que requerem mais cuidado, a exemplo de visitantes sem experiência em ambientes naturais, pessoas portadoras de necessidades especiais, grupos com crianças ou idosos, etc. A IN também inclui nessa lista as caminhadas em trilhas de longa distância ou com maior grau de dificuldade, ambientes que necessitam de proteção especial do patrimônio (natural, histórico, arqueológico ou cultural) e áreas de moradia de comunidades tradicionais.
Clique aqui e confira a IN na íntegra.
MUITO ALÉM DE MOSTRAR O CAMINHO
Diante do cenário de constante crescimento do turismo em áreas protegidas (nas UCs federais, o número de turistas passou 1,9 milhão em 2006 para 10,7 milhões em 2017), o papel do condutor ganha ainda mais relevância. De acordo com coordenador-geral de Uso Público e Negócios do ICMBio, Pedro Menezes, o condutor de visitantes é muito mais do que um “mostrador de caminho”, uma vez que, além de garantir a segurança, ele ajuda a interpretar a natureza. “O condutor desempenha a função de tutor, principalmente para quem ainda está aprendendo a interagir com o ambiente natural”, explica Menezes.
INTEGRAÇÃO
Advogado de formação, o brasiliense Júlio Itacaramby trocou o escritório pelo Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, onde vem conduzindo turistas há sete anos. Júlio conta que já conhecia bastante a região e, em 2011, decidiu fazer o curso de formação de condutores, primeiro passo de uma mudança radical no seu estilo de vida. Com vasta experiência como excursionista e montanhista em diversas UCs brasileiras, ele escolheu a Chapada dos Veadeiros para se estabelecer, cursou Gestão Ambiental e hoje divide sua rotina entre consultorias em meio ambiente e atividades relacionadas ao turismo.
Para Júlio, os condutores de ecoturismo promovem o desenvolvimento econômico local aliado à conservação e garantem a segurança dos visitantes. “A maior parte dos turistas vem de áreas urbanas e não está acostumada a interagir com a natureza. Por isso, os profissionais que trabalham com condução são treinados em primeiros socorros e podem lidar com diversas situações, desde animais peçonhentos até acidentes”, afirma. Ainda segundo Itacaramby, o condutor de visitantes “é o elemento de integração da sociedade com a natureza, contribuindo para uma experiência mais rica e aprofundada no que diz respeito à fauna e à flora, além dos aspectos geográficos e culturais do local visitado”, conclui o profissional.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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