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Concluída pesquisa no parque dos Campos Amazônicos
Estudos com armadilhas fotográficas duraram um ano e registraram 30 espécies de mamíferos terrestres de médio e grande portes, sendo 12 ameaçadas de extinção
Brasília (29/03/2017) – Acabam de ser concluídos os trabalhos de campo da pesquisa Efeito das Mudanças Climáticas na População de Onça-Pintada no Sul da Amazônia, desenvolvidos no interior do Parque Nacional dos Campos Amazônicos, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entre os estados do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.
A coleta de dados, realizada com armadilhas fotográficas, durou um ano: de fevereiro de 2016 a fevereiro de 2017. Foram registradas 30 espécies de mamíferos terrestres de médio e grande porte, sendo 12 espécies listadas como ameaçadas de extinção no Brasil ou globalmente – veado-campeiro, queixada, cachorro-do-mato-de-orelhas-curtas, cachorro-vinagre, maracajá, onça-pintada, onça-parda, gato-mourisco, ariranha, tatu-canastra, anta, tamanduá-bandeira.
Foram feitas duas amostragens com armadilhas fotográficas, sendo uma na estação chuvosa e outra na seca. Na primeira, foram usadas 64 armadilhas durante 107 dias (tempo em que as
câmeras ficaram ativas em campo). Na segunda, foram utilizadas 113 armadilhas durante 109 dias. Ao todo, foram promovidas sete viagens de campo durante o período de duração da pesquisa.
O estudo foi coordenado pelo pesquisador Daniel Gomes da Rocha, e as amostragens foram concentradas em duas regiões distintas da unidade. No rio Roosevelt, as armadilhas foram instaladas em áreas de floresta ao longo de ambas as margens do rio; e, na região de cerrado, em ambientes abertos e florestais.
O objetivo da pesquisa é investigar como os diferentes tipos de cobertura vegetal, nas diferentes áreas de cerrado e floresta, afetam o habitat da onça-pintada e suas presas no Parque Nacional dos Campos Amazônicos, além de fazer projeções de futuros impactos na população da espécie devido a mudanças climáticas previstas.
Afora a gestão do parque, os trabalhos de campo contaram com o apoio do Instituto Mamirauá e da Coordenação de Monitoramento da Biodiversidade (Comob), do ICMBio, que garantiram o empréstimo de armadilhas fotográficas para viabilização dos estudos. A atividade contou também com o apoio financeiro do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e a parceria das pousadas Cumaru e Rio Roosevelt nas ações desenvolvidas na região do rio Roosevelt.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280