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Concentração de cavernas é destaque no Parque Nacional da Furna Feia
Furna nova. (Foto: Acervo/ICMBio)
Foi publicada a portaria nº 1.127, em 10 dezembro, que aprova o Plano de Manejo do Parque Nacional da Furna Feia localizado no Rio Grande do Norte. A unidade de conservação protege uma importante concentração de cavernas. Ao todo são 206 cavidades naturais, que estão em processo constante de formação há milhares de anos, que guardam uma alta diversidade de espeleotemas e garantem o aporte rápido de água para aquíferos localizados em uma região totalmente semiárida, além de compor paisagens de extrema beleza cênica e de grande potencial turístico.
As cavernas Furna Feia e Furna Nova são as principais cavidades naturais da unidade de conservação e, também, grandes atrativos turísticos, devido ao tamanho e ao conjunto de espeleotemas. A caverna da Furna Feia, que deu origem ao nome do Parque, possui atributos físicos de relevância máxima, pois é a maior caverna do complexo, com seus 739 metros de desenvolvimento, e a mais volumosa. Foi considerada hotspot para espécies de morcegos.
Já a Furna Nova, segunda maior caverna da UC, apresenta até o momento 250 metros mapeados e possui espeleotemas únicos tais como a maior cortina do Estado, atingindo mais de seis metros, além do maior ninho de pérolas.
Existem, ainda, outras cavidades com singularidades únicas. O Lajedo em Pé, que possui várias rochas perpendicularmente encaixadas em fraturas no lajedo. A caverna da Pedra Lisa/Troglobento que possui duas espécies de Isópodes aquáticos (Cirolanidae) e duas de Amphipoda (Mesogammaridae e Seborgidae); e o Abrigo do Letreiro que é um sítio arqueológico composto por vários painéis de pinturas rupestres de tradição geométrica, estilo simbolista, distribuídos em praticamente todas as paredes e em algumas partes do teto da caverna.
A elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional da Furna Feia teve início em 2018. O documento base foi elaborado pela equipe da unidade de conservação, com o auxílio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
O Plano de Manejo do Parna da Furna Feia é instrumento essencial à gestão da unidade de conservação, sendo inclusive proibidas quaisquer alterações, atividades ou modalidades de utilização em desacordo com suas prescrições. Entre as normativas do documento referentes à conservação do patrimônio espeleológico, destacam-se: a proibição do consumo de alimentos e bebidas alcoólicas no interior das cavernas, a obrigatoriedade de acompanhamento de monitores ou condutores devidamente autorizados e a proibição de atividades e produtos que possam ser prejudiciais à flora e à fauna.
O Parna da Furna Feia, criado em 5 de junho de 2012, tem o objetivo de proteger o patrimônio espeleológico e a biodiversidade do Bioma Caatinga, de realizar pesquisas científicas e de desenvolver atividades de educação e interpretação ambiental, de turismo ecológico e recreativo. A área protegida possui cerca de 8.494 hectares, tem 56% de sua área localizados no município de Baraúna e os 44% restantes em Mossoró, ambos no estado do Rio Grande do Norte (RN).
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