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Comissão do Atum protege tartarugas marinhas
Países devem aprimorar dados sobre capturas incidentais
Brasília (29/10/2012) – A Comissão Internacional para a Conservação do Atum no Atlântico (Iccat) recomendou que os países membros, entre eles o Brasil, aprimorem a coleta e envio de dados e capturas acidentais de tartarugas marinhas. A decisão foi tomada na reunião do Comitê Permanente de Pesquisa e Estatística, realizada no dia 24 de setembro, em Madri, Espanha.
O evento contou com a participação de representantes do Programa Interação Tartarugas Marinhas e Pesca, mantido pelo Centro Nacional de Conservação de Pesquisa de Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).
A decisão, com destaque para as articulações feitas pelos representantes do Ministério da Pesca, foi primordial para consolidar a posição do Brasil como um país que dedica atenção especial à causa e busca mitigar as capturas incidentais das tartarugas marinhas na pesca de atuns.
Convenção Interamericana
Outro importante fruto da reunião, segundo o coordenador do Programa Interação Tartarugas Marinhas e Pesca, o oceanógrafo Gilberto Sales, foi a aprovação da proposta brasileira de aproximar a Iccat da Convenção Interamericana de Conservação de Tartarugas Marinhas. A ideia é prover a Iccat com dados e avaliações de risco ou impacto da pesca sobre as tartarugas marinhas no Atlântico, bem como cooperar com demais ações e medidas de conservação.
A Iccat é a organização responsável pelo monitoramento e regulação das pescarias oceânicas no Atlântico. Seu principal alvo é a pesca do atum. Em defesa dessa espécie, a comissão agendou para 2013, no mês de julho, uma nova reunião, que terá objetivo de avaliar o risco ecológico dos quelônios marinhos na região.
Projeto Tamar
O Projeto Taratarugas Marinhas, do ICMBio/Tamar, desenvolve pesquisas com foco nos padrões de ocorrências das espécies de tartarugas marinhas na pesca de espinhel, que inclui estimativas de capturas totais e estudos desses padrões com relação a algumas variáveis ambientais.
Para contribuir com as iniciativas de conservação da Iccat, o Tamar disponibiliza dados de monitoramento a cada ano e apresenta trabalhos científicos que retratam as capturas de tartarugas nas áreas de pesca ao largo da costa brasileira.
Além disso, são realizadas análises conjuntas com pesquisadores uruguaios, uma vez que as frotas de Brasil e Uruguai pescam nas mesmas regiões e interagem com as mesmas populações de tartarugas marinhas.
De acordo com Sales, o trabalho de monitoramento e conservação de tartarugas marinhas que interagem com as atividades pesqueiras é ainda um desafio de alto custo, sobretudo pela grande diversidade de pescarias que capturam incidentalmente distintas espécies e populações de tartarugas em todo o mundo.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280