Coex recebe apoio para impulsionar suas atividades

A Cooperativa dos Extrativistas da Floresta Nacional de Carajás (Coex/Carajás) foi selecionada no processo de financiamento de empreendimentos sustentáveis. Além do apoio financeiro, a cooperativa foi contemplada também com formação para seu quadro técnico e de direção nas áreas administrativa e financeira para empreendimentos comunitários na Amazônia.

A cooperativa foi contemplada pela Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), e foi selecionada durante sua participação, no dia 5 de dezembro, em uma rodada de investimentos com empresas da iniciativa Plataforma Parceiros pela Amazônia, na cidade de Manaus, no Amazonas. A seleção é o reconhecimento do potencial do seu empreendimento através da disponibilização de um financiamento para impulsionar suas atividades dentro das unidades de conservação do Mosaico Carajás. Foram selecionadas 15 entidades nesta etapa final entre 201 negócios inscritos e um volume de recursos de R$ 4,8 milhões, voltados para iniciativas que preservam a floresta amazônica.

A presidente da cooperativa ressalta que, a partir desse incentivo, eles vão ampliar ainda mais a produtividade. Com os recursos, a cooperativa pretende fortalecer a cadeia de produção das sementes nativas e diversificar ainda mais as atividades, que são a fonte de renda para os cerca de 38 cooperados e suas famílias. O manejo do açaí nativo do interior das unidades para a produção de polpa é a nova aposta dos extrativistas.

Localizada no Pará, a Coex-Carajás desenvolve a extração de folhas de jaborandi desde 1980 na região e, nos últimos anos, diversificou suas atividades para a coleta de sementes nativas utilizadas, principalmente, em programas de recuperação de áreas degradadas e produção de mudas destinadas para diversos fins.

É do jaborandi que se extrai a pilocarpina, princípio ativo do colírio para tratamento do glaucoma, uma das maiores causas da cegueira do mundo que impacta diretamente a vida das pessoas. Esse é o diferencial do trabalho da Coex. Além disso, a atividade também propiciou a coleta de sementes, auxiliando no reflorestamento de áreas destruídas pelo desmatamento.

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