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CMA prevê aumento na ocorrência de cetáceos
Cerca de 14 mil exemplares são esperados nas águas brasileiras
Victor Souza
victor.souza@icmbio.gov.br
João Pessoa-PB (22/08/2013) - De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA) e a Área de Proteção Ambiental (APA) da Costa dos Corais, geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), até o mês de novembro tende a aumentar o número de registros de avistagens e encalhes de cetáceos nas praias da unidade de conservação (UC) federal situada entre Alagoas e Pernambuco, devido ao início do período reprodutivo das baleias-jubarte.
Durante a época, essas baleias se deslocam de suas áreas de alimentação nas proximidades das Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e procuram as águas quentes do Brasil para se reproduzir e cuidar dos filhotes. Neste ano, de acordo com o Instituto Baleia Jubarte, são esperadas cerca de 14 mil exemplares da espécie nas águas do litoral brasileiro, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, concentradas principalmente entre a Bahia e o Espírito Santo.
Para conscientizar turistas e a população local da região abrangida pela UC sobre o fenômeno dos encalhes, o ICMBio vem distribuindo material informativo em restaurantes, quiosques e hotéis, além de realizar reuniões com os secretários municipais de meio ambiente e representantes das colônias de pescadores. Os encalhes de mamíferos aquáticos na região nordeste do Brasil são registrados pela Rede de Encalhe e Informação de Mamíferos Aquáticos do Nordeste (REMANE) – da qual o CMA é membro –, um dos braços regionais da Rede de Encalhe e Informação de Mamíferos Aquáticos do Brasil (REMAB).
O que fazer em casos de encalhe
Segundo o Protocolo de Conduta para Encalhes de Mamíferos Aquáticos, ao se deparar com um mamífero marinho encalhado deve-se tomar as seguintes providências:
1) Ligar para o CMA: (82) 3298-1388 e (81) 3544-1056 ou para a APA Costa dos Corais (81) 3676-2357 e reportar o encalhe, passando o maior número de informações;
2) Em caso de animal morto, deve-se evitar o contato e manter distância. Equipes especializadas adotarão os procedimentos de coleta de informações e material biológico e farão a destinação adequada da carcaça;
3) No caso de uma baleia adulta viva, algumas providências até a chegada da equipe do ICMBio devem ser tomadas: evitar o contato direto com o animal, para evitar acidentes;
- proteger a baleia do sol (construir abrigo com lonas ou colocar panos de cor clara e molhados sobre o dorso do animal, com cuidado para não obstruir o orifício respiratório);
- cavar buracos ao redor das nadadeiras e valetas para que a água do mar chegue ao animal, de forma a criar pequenas poças;
- molhar o dorso do animal com água do mar, com cuidado para não jogar água no orifício respiratório ou nos olhos;
- nunca usar filtro solar no animal;
- manter o silêncio e evitar gestos bruscos e presença de crianças e cães;
- não tentar devolver o animal para o mar, isso pode deixá-lo mais ferido.
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