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CMA participa da soltura de 12 peixes-bois amazônicos
Publicado em
03/04/2019 19h17
Ação faz parte do Plano Nacional de Conservação de Mamíferos Aquáticos Amazônicos, coordenado pelo ICMBio.
O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), participou da reintrodução de 12 peixes-bois amazônicos (Trichechus inunguis), superando o ano anterior, quando 10 espécimes foram soltos. A ação, realizada entre os dias 22 a 25 de março, foi realizada pelo Instituto de Pesquisa Amazônica (INPA) e a Associação Amigos do Peixe-Boi (AMPA), e faz parte de uma das ações prioritárias do Plano de Ação Nacional para Conservação de Mamíferos Aquáticos Amazônicos (PAN Mamíferos Aquáticos Amazônicos), coordenado pelo CMA.
O barco seguiu viagem, pelos afluentes do rio Solimões, onde os peixes-bois foram reintroduzidos. Nesta época do ano, o curso d’água está em seu período de cheia, gerando uma maior disposição de alimentos para os animais. Dos 12 espécimes, 4 receberam cintos com radiotransmissores, que irão gerar dados importantes para os pesquisadores trabalharem a conservação da espécie.
O INPA já reintroduziu 24 peixes-boi-amazônicos. Segundo a instituição, esse número tende a aumentar devido à expectativa de 14 espécimes serem soltos em 2020. Vítimas da caça ilegal, os animais ficaram sob cuidado do INPA, fazendo parte do Programa de Reintrodução de Peixe-boi Amazônico. Após algum tempo em cativeiro, eles foram transferidos para um “semicativeiro”, onde ficaram por um período de 6 a 12 meses, tempo que serviu de preparação para serem reintroduzidos.
Posteriormente, os animais selecionados para soltura foram transferidos para piscinas de fibras alocadas na embarcação onde serão transportados. Junto com uma equipe de cerca de 30 pessoas, compostas por tratadores e pesquisadores (biólogos e veterinários), seguiram viagem a Itapuru, comunidade pertencente à Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Pigaçu-Purus, onde integrantes da AMPA esperavam com a comunidade para recepcionar os animais.
Os comunitários tiveram a oportunidade de observar os animais e esclarecer dúvidas sobre seus hábitos. Segundo os monitores da AMPA, a atividade de “boas vindas” dos animais à comunidade local é um instrumento de educação ambiental que proporcionou uma mudança no hábito dos pescadores locais, que, ao invés de caçar o peixe-boi, passaram a apoiar a conservação da espécie.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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