Cerimônia marca formatura de jovens em Técnico Florestal

Jovens de cinco Resex do Acre (Riozinho da Liberdade, Chico Mendes, Cazumbá Iracema, Alto Tarauacá e Alto Juruá) se formam no curso Técnico Florestal da Escola da Floresta em Rio Branco. Foram 30 jovens comunitários que se formam em cerimônia realizada dia 28 de setembro no auditório da Universidade Federal do Acre, em Rio Branco.

Os módulos do curso foram em Rio Branco, na Escola da Floresta, mas os estudantes também trabalharam em suas comunidades durante o “tempo-comunidade”, no desenvolvimento de cursos FIC e estágios. Só na Resex Riozinho da Liberdade, os 9 jovens realizaram 6 cursos FIC (temas: agricultor agroflorestal, horticultor e agente de empreendimentos sociais).

O curso é um esforço conjunto dos gestores das unidades do ICMBio, Escola da Floresta/Instituto Dom Moacyr – Secretaria Estadual de Educação, Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Floresta (SEMA-AC), e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que possibilitou a criação do curso de Técnico Florestal para jovens moradores de Reservas Extrativistas no Acre. Os gestores buscaram jovens interessados nas UCs. Um dos desafios foi enviar os estudantes de suas comunidades até a capital do Estado para frequentarem as aulas. Foram módulos de curso intercalados com “tempos-comunidade”, durante os quais os alunos aplicaram e multiplicaram os conhecimentos adquiridos em suas comunidades. A formação foi finalizada com a prática de estágio em diferentes instituições parceiras.

Para os gestores das unidades, a conquista faz parte da luta conjunta do movimento social, do governo do Estado do Acre e do ICMBio em alcançar educação de qualidade para os extrativistas.

Maria Lenilde, da comunidade Periquito, diz que o curso Técnico em Florestas foi importante para a sua vida. “Trouxe conhecimentos sobre o lugar em que vivemos, o que é uma Reserva Extrativista, o que é morar em uma Resex. Ter conhecido e aprendido mais sobre a floresta, a importância dela para nossas vidas, as riquezas que temos e que precisam ser preservadas, protegidas, manejadas e utilizadas de maneira correta, sustentável e consciente para que as gerações futuras desfrutem do mesmo benefício que hoje desfrutamos”, relata.

Lázaro da Silva, que aplicou o curso FIC de Horticultor Orgânico na Vila Maurício Mapes, afirma que o curso foi fundamental para a comunidade. “Foi uma troca, porque eu passei meus conhecimentos e eles passaram os conhecimentos deles para mim. Já faz 3 meses que eu terminei de aplicar o curso e até hoje os moradores ainda têm suas hortas em casa. Antes, poucas pessoas que tinham hortas, agora quase todos têm horta em casa”, comemorou.

Comunicação ICMBio
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