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Cepta promove 2º ciclo de avaliação de peixes rivulídeos
Publicado em
10/07/2019 14h00
Atualizado em
10/07/2019 14h03
Oficina preparatória do Plano de Ação Nacional para a Conservação (PAN) dos Peixes Ameaçados da Família Rivulidae aconteceu entre os dias 2 e 3 de julho, em Pirassununga, São Paulo.
Os rivulídeos são peixes de pequeno porte. (Foto: Matheus Volcan)
O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Aquática Continental (Cepta), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realizou a oficina preparatória do Plano de Ação Nacional para a Conservação (PAN) dos Peixes Ameaçados da Família Rivulidae entre os dias 2 e 3 de julho, em Pirassununga, São Paulo. Os rivulídeos são peixes de pequeno porte, raramente chegando aos dez centímetros de comprimento, que vivem em ambientes aquáticos muito rasos, parcial ou completamente isolados de rios e lagos, como as áreas marginais de riachos ou brejos.
A oficina contou com a participação de representantes Secretarias Estaduais de Meio Ambiente de diferentes Estados, Organizações Não-Governamentais e Instituições de Ensino e Pesquisa e representantes do próprio ICMBio. Os pesquisadores elaboraram a lista de espécies que serão contempladas, a gestão geográfica do PAN, painel das principais ameaças e a proposta de áreas estratégicas do PAN. Segundo a coordenadora do PAN, a analista ambiental Luciana Crema, este segundo ciclo de gestão tinha a missão de estreitar relações junto aos governos estaduais, para implementar as ações que serão planejadas, em dezembro, com todos os atores elencados como chave para a conservação dos rivulídeos.
A família Rivulidae (ordem Cyprinodontiformes) é uma das quatro mais diversificadas entre as 39 famílias de peixes de água doce do Brasil. Ocorre nas Américas, entre o México e a Argentina, e possui mais de 320 espécies válidas. As características mais marcantes dos peixes rivulídeos são os diferentes padrões de colorido das espécies e seus tipos de desenvolvimento: anual e não anual. Os peixes anuais, ou peixes das nuvens, são sempre encontrados em ambientes aquáticos sazonais, que são formados durante as épocas chuvosas e podem permanecer secos por longos períodos. Nas espécies que possuem esse tipo de desenvolvimento, ovos resistentes em diapausa sobrevivem durante os meses da estação seca, eclodindo logo após as primeiras chuvas. A partir de então, o desenvolvimento do peixe é extremamente rápido, às vezes chegando à maturidade sexual em apenas um mês. Os demais rivulídeos, chamados “não anuais”, vivem em brejos e riachos perenes, e são encontrados em todas as épocas do ano.
Sobre PANs -
O ICMBio é responsável pelo desenvolvimento de estratégias para proteção da biodiversidade brasileira, além de melhorar a condição de espécies ameaçadas de extinção. A Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (Dibio) tem como uma de suas prioridades a elaboração de Planos de Ação Nacionais (PAN) para a conservação de espécies ameaçadas. Cada PAN é elaborado de forma participativa, utilizando metodologia própria da Coordenação de Planos de Ação, que segue as diretrizes da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados:
Comunicação ICMBio
(61) 2028 9280
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