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Cepsul realiza oficinas de avaliação de peixes
Publicado em
25/09/2018 20h01
Oficinas avaliam conservação de peixes ósseos e dos peixes-bruxa do Brasil.
Neste ano, nos meses de abril e setembro, foram realizadas duas oficinas de Avaliação do Estado de Conservação de Peixes Ósseos (Actinopterygii) Marinhos e Peixes-bruxa (Myxini) do Brasil, no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (Cepsul), em Itajaí-SC. Agora, no segundo ciclo, foram avaliadas em abril 96 espécies de peixes-lanterna (possuem fotóforos ao longo do corpo o que lhes confere este nome comum) das Ordens Stephanoberyciformes e Myctophiformes, compostas por espécies pelágicas que ocorrem desde águas rasas a águas oceânicas, muito afastadas da costa.
Nesta mesma oficina, também foram avaliadas cinco espécies da Ordem Myxiniformes (peixes-bruxa), espécies muito peculiares, sem mandíbula ou coluna vertebral, também encontradas em águas rasas e, principalmente, profundas do litoral brasileiro. Nenhuma espécie foi categorizada como ameaçada.
Em setembro, por sua vez, foram avaliadas 139 espécies das Ordens Anguilliformes (95) e Ophidiiformes (44). Estas duas ordens compreendem uma variedade de espécies tanto de águas profundas como de ambientes recifais, entre elas as enguias, moreias e congros. Destas, somente uma espécie de Ophidiiformes foi avaliada como ameaçada de extinção, categorizada como Criticamente em Perigo (CR). As demais espécies não entraram em nenhuma categoria de ameaça, sendo uma categorizada como Quase Ameaçada (NT), 107 consideradas como Menos Preocupante (LC), 25 com Dados Insuficientes (DD) e 5, como não elegível para uma avaliação regional no Brasil, sendo categorizada como Não Aplicável (NA).
Nas duas oficinas, algumas mudanças de categorias foram observadas entre os dois ciclos, principalmente em função de novas informações sobre as espécies analisadas.
Nestes eventos, que se inserem nas atividades previstas no Projeto GEF-Mar, estiveram presentes pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Cepsul, além de equipe de apoio técnico de bolsistas do Centro, e analista e bolsista do Centro Nacional de Avaliação da Biodiversidade e de Pesquisa e Conservação do Cerrado (ICMBio/CBC). Os coordenadores de táxon presentes à oficina foram os doutores Michael Maia Mincarone e Fábio Di Dario, ambos do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé - Nupem da UFRJ, tendo como ponto focal a analista Roberta Aguiar dos Santos, do Cepsul.
Vale ressaltar que as informações utilizadas para avaliação foram constituídas também pela contribuição de pesquisadores antes das oficinas, sendo estas executadas inteiramente utilizando o Sistema de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade – SALVE, a nova ferramenta do ICMBio, que além de funcionar como banco de dados para o armazenamento de informações sobre as espécies da fauna brasileira, faz toda a gestão das diferentes etapas do processo de avaliação.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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