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Cemave faz a avaliação de 450 aves da Amazônia
Meta é concluir estudos sobre a conservação de cerca de 750 espécies
Brasília (21/03/2012) - Dois eventos organizados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), tiveram início nesta semana. Desde a segunda-feira (19), ocorre a segunda oficina para avaliação do estado de conservação das espécies de aves brasileiras do bioma Amazônia, abrangendo 450 espécies. O evento segue até a sexta (23), na Academia da Biodiversidade (Acadebio), na Floresta Nacional de Ipanema, em Iperó (SP).
O outro evento em andamento é a reunião de construção do programa de cativeiro do mutum-de-alagoas (Pauxi mitu), que começou na terça (20) e segue até a quinta (22), no auditório da Federação da Indústria do Estado de Alagoas, em Maceió (AL). A espécie está em perigo de extinção e como estratégia de preservação da ave, o ICMBio desenvolveu o Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação do Mutum-de-Alagoas. O PAN visa orientar ações que tornem possível a reintrodução de exemplares na natureza.
Segundo o coordenador do Cemave, João Luiz Nascimento, “o primeiro evento vai dar continuidade às ações de avaliação do estado de conservação das aves brasileiras e promover a implementação de planos de ação nacionais para a conservação de aves ameaçadas. Já o outro, trata-se da reunião para avaliação e validação dos protocolos e construção do Programa de Cativeiro do Mutum-de-Alagoas que integra o Plano de Ação”.
Bioma Amazônia
A Amazônia é o bioma com a maior diversidade de aves do Brasil e, embora muitas espécies não possuam problemas evidentes de conservação, a avaliação de todos os táxons brasileiros é um compromisso assumido pelo ICMBio. Serão avaliados cerca de 750 táxons de aves ocorrentes no bioma e os trabalhos foram divididos em duas etapas.
Na primeira oficina foi planejada a análise de dados de 350 espécies com maior distribuição no bioma que ocorrem principalmente ao sul do rio Amazonas e a leste do rio Madeira. No entanto, os pesquisadores optaram por várias dessas em nível subespecífico, tendo em vista a importância da conservação dessas unidades evolutivas. Dessa forma foi possível avaliar 295 táxons, sendo 265 em nível de espécie e 30 em nível de subespécie. Todos os táxons presentes no Centro de Endemismo Belém foram avaliados (espécies e subespécies), por ser a região da Amazônia com os maiores índices de desmatamento e ameaças. Os táxons não observados na primeira oficina ficaram para ser avaliados nesta segunda oficina.
Comunicação ICMBio
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