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Cemave realiza oficina de avaliação de espécies endêmicas da Amazônia
Ao todo foram avaliados 295 táxons, sendo 265 avaliados em nível de espécie e 30 em nível de subespécie. Desses, 32 táxons foram categorizados em alguma categoria de ameaça, sendo dois criticamente em perigo (CR), quatro em perigo (EN) e 26 vulnerável (VU). Ainda foram classificados nove como quase ameaçados (NT), seis com dados insuficientes (DD) e 248 menos preocupantes (LC).
As espécies foram selecionadas, pelo Cemave em conjunto com os coordenadores de Táxon, segundo sua distribuição geográfica e tendo como parâmetro a lista do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO 2011).
Entretanto quando uma subespécie ou população se encontrava com ameaças diferenciadas, declínio populacional, extensão de ocorrência ou área de ocupação muito restrita, opta-se pela avaliação da subespécie ou população. Todos os táxons presentes no Centro de Endemismo em Belém foram avaliados (espécies e subespécies), por esta ser a região da Amazônia com os maiores índices de desmatamento e ameaças.
A oficina contou com a participação de 12 especialistas, pesquisadores e ornitólogos com experiência e conhecimento de campo das aves da Amazônia. Nos dois primeiros dias a avaliação foi realizada em plenária com todos os participantes e nos últimos dias a avaliação aconteceu em grupos de trabalho com a validação da avaliação realizada pelo grupo em plenária final.
Para as avaliações foram utilizadas as informações de cada espécie incluídas nas fichas originadas de referências bibliográficas, contribuições via site e experiência dos especialistas, além de mapas de pontos de ocorrência das espécies elaborados pelo Cemave.
A Amazônia é o bioma com a maior diversidade de aves do Brasil e embora muitas espécies não possuam problemas evidentes de conservação, a avaliação de todos os táxons brasileiros é um compromisso assumido pelo ICMBio. A expectativa é de que sejam avaliados pela autarquia cerca de 750 táxons de aves do bioma.
Como o universo é amplo, optou-se por dividir a avaliação em duas oficinas. Cada uma abarcando rol de mais de 300 táxons a avaliar. Para a primeira oficina, havia sido planejada a avaliação de 350 espécies, no entanto os pesquisadores optaram por avaliar várias dessas em nível subespecífico, por considerarem a importância da conservação dessas unidades evolutivas. Dessa forma, a lista de espécies para serem avaliadas na próxima oficina, prevista para acontecer em março de 2012, subiu de 300 para 372 táxons.
Ascom/ICMBio
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