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Cemave avança na proteção das aves da Caatinga
Centro especializado do ICMBio acaba de promover oficina do segundo ciclo do plano de ação nacional para a conservação dessas espécies
Brasília (04/07/2017) – O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), que tem sede em Cabedelo (PB) e é gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), promoveu oficina de elaboração do 2º Ciclo do Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves da Caatinga, o PAN Aves da Caatinga.
Durante a oficina, foram revistos o objetivo geral, objetivos específicos, as ações e a composição do grupo de assessoramento técnico (GAT) do PAN. O objetivo geral ficou com a seguinte redação: “Reduzir a perda e alteração de ambientes naturais, a pressão de caça e do tráfico, visando a manutenção ou recuperação das populações e habitats das espécies alvo deste PAN, nos próximos cinco anos”.
Além disso, foram definidos quatro objetivos específicos: redução da perda e alteração dos ambientes naturais (19 ações); manutenção e recuperação dos habitats das espécies alvo (21 ações); manutenção e incremento das populações das espécies alvo (21 ações); e redução das pressões de caça e do tráfico (17 ações). A matriz de planejamento teve 78 ações propostas, mas ainda será consolidada em uma rodada virtual entre os participantes.
A oficina ocorreu entre os dias 20 e 22 de junho na sede do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), outro centro especializado do ICMBio, que fica em Tamandaré, no litoral de Pernambuco.
Além do ICMBio, participaram da oficina representantes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar Ambiental do Ceará, Universidades federais da Paraíba (UFPB), de Alagoas (Ufal), de Pernambuco (UFPE) e do Pará (UFPA), Universidade Estadual de Feira de Santana, Instituto Federal da Paraíba, além das ONGs Associação Plantas do Nordeste (Apne), SOS Sertão, Associação Caatinga, Aquasis, SAVE Brasil e da Qualis Consultoria Ambiental.
“Houve um grande avanço em relação ao primeiro ciclo, e isso é consequência do amadurecimento institucional do processo de construção participativa dos planos de ação”, afirmou Antônio Emanuel Sousa, analista ambiental do Cemave e coordenador do PAN Aves da Caatinga.
Segundo ele, o segundo ciclo do PAN inova ao questionar o modelo inadequado de uso do solo predominante no bioma Caatinga e ao buscar formas de uso sustentável dos recursos naturais, compatíveis com a conservação das espécies alvo.
“Inova também pela busca de maior integração e eficiência nas operações de fiscalização aos ilícitos ambientais, pela proposição de uso de metodologias in-situ e ex-situ para recuperação de populações e pela modelagem dos efeitos das mudanças climáticas na distribuição das espécies alvo do PAN”, acrescentou.
Ao final da oficina, foi proposta a reformulação do GAT do PAN, que passou a ser composto por um representante do Cemave (Coordenador do PAN), quatro representantes da sociedade civil organizada, três representantes de órgãos estaduais de meio ambiente, dois representantes de instituições de pesquisa e um representante do PAN arara-azul-de-lear (que foi encerrado este ano e incorporado ao PAN Aves da Caatinga).
Como encaminhamento, ficou acertada uma rodada virtual para consolidação da matriz de planejamento, organização do sumário executivo, validação do novo ciclo pela Diretoria de Biodiversidade (Dibio), do ICMBio, e publicação da portaria.
Comunicação ICMBio – (61) 2028-9280 – com informações do Cemave