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Campanha busca um lar para uma muriqui-do-norte
Publicado em
19/12/2018 18h27
Apelidada de bonita, fêmea vive isolada no entorno do Parque Nacional do Caparaó.
O Projeto Muriquis do Caparaó, com apoio do Parque Nacional do Caparaó e do Programa de Conservação Muriquis de Minas, está lançando uma campanha para arrecadar fundos para transportar uma fêmea de muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus). O macaco encontra-se isolado no entorno da unidade de conservação.
Em maio deste ano, uma equipe de analistas ambientais do Parque do Caparaó, durante suas atividades de fiscalização, identificou uma fêmea de muriqui-do-norte vivendo completamente sozinha em um pequeno fragmento isolado no entorno do Parque. Desde então, a fêmea vem sendo monitorada pelos pesquisadores do Projeto Muriquis do Caparaó, que estão coletando dados importantes para direcionar as estratégias de manejo para esta fêmea.
Para isso, o Projeto também está lançando uma campanha de financiamento coletivo em prol da conservação do muriqui-do-norte. O objetivo é arrecadar fundos para transportar a fêmea para uma área com muriqui. Apelidada de bonita, a remoção é de vital importância para melhorar o seu bem-estar e também para a conservação da espécie, que está criticamente ameaçada de extinção.
Endêmicos da Mata Atlântica, existem menos de 900 indivíduos da espécie distribuídos em pouco mais de 10 populações pequenas e isoladas. O transporte da fêmea para junto de outros muriquis traz nova esperança para a conservação da espécie, que além de sofrer com os impactos da fragmentação do habitat e da perda da diversidade genética, acaba de sofrer um declínio populacional devido o último surto de febre amarela que ocorreu entre 2016 e 2017.
O Projeto Muriquis do Caparaó é uma inciativa de quatro biólogos e pesquisadores conservacionistas, gerenciado pela Organização Não Governamental Rede Eco-diversa para Conservação da Biodiversidade, que alia pesquisa científica, educação ambiental e ações de manejo e conservação em prol da população de muriqui-do-norte na região do Caparaó. O Projeto que vem desenvolvendo suas atividades desde 2014, registrou pela primeira vez a presença da espécie na porção mineira do Parque, e vem monitorando sete grupos diferentes de muriquis na Unidade de Conservação.
O Projeto também é pioneiro no uso de tecnologias não invasivas para o monitoramento da espécie, como o uso de armadilhas fotográficas no dossel e de gravadores acústicos passivos. Tais ferramentas têm gerado dados importantes sobre a biologia da espécie mesmo em áreas de difícil acesso como as do Caparaó, e para o cumprimento das metas propostas no Plano de Ação Nacional para os Primatas da Mata Atlântica e da Preguiça de Coleira.
Participe da campanha Abrace um Muriqui
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
O Projeto também é pioneiro no uso de tecnologias não invasivas para o monitoramento da espécie, como o uso de armadilhas fotográficas no dossel e de gravadores acústicos passivos. Tais ferramentas têm gerado dados importantes sobre a biologia da espécie mesmo em áreas de difícil acesso como as do Caparaó, e para o cumprimento das metas propostas no Plano de Ação Nacional para os Primatas da Mata Atlântica e da Preguiça de Coleira.
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