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Câmara discute benefícios econômicos e sociais das UC
No evento, foi lançada campanha #UnidosCuidamos, que busca aproximar as pessoas das unidades de conservação
No evento, foi lançada campanha #UnidosCuidamos, que busca aproximar as pessoas das unidades de conservação
Nana Brasil
ascomchicomendes@icmbio.gov.br
Brasília (25/11/2015) – A Frente Parlamentar Ambientalista e a Coalizão Pró-Unidades de Conservação realizaram, na manhã desta quarta-feira (25), o debate “Unidades de Conservação – benefícios econômicos e sociais”. O evento ocorreu no auditório da Câmara dos Deputados e reuniu parlamentares, representantes de organizações não-governamentais, lideranças indígenas, além de servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
O debate foi conduzido pelo deputado Sarney Filho (PV-MA), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, e contou com a participação do presidente do ICMBio, Cláudio Maretti, que discorreu sobre o contexto das unidades de conservação (UCs) federais. “As UCs são os melhores instrumentos que a humanidade já criou para conservar a biodiversidade”, destacou.
Também compuseram a mesa a coordenadora de áreas protegidas da Fundação SOS Mata Atlântica, Erika Guimarães, e o superintendente executivo da WWF-Brasil, Henrique Lian. Eles apresentaram a Coalizão Pró-Unidades de Conservação – reunião de empresas e organizações da sociedade civil comprometidas com a valorização e defesa das áreas protegidas brasileiras –, além da campanha virtual #UnidosCuidamos (www.unidoscuidamos.com), iniciativa que tem o objetivo de aproximar as pessoas das UCs.
Papel relevante
Para Maretti, as áreas protegidas cumprem diversos papéis de grande relevância: redução do desmatamento, adaptação às mudanças climáticas, preservação dos recursos hídricos, visitação, pesquisa, garantia de sustento para populações tradicionais, entre outros. Há, porém, um longo caminho a percorrer, segundo o presidente do ICMBio. “A meta mundial é 10% das áreas marinhas e 17% das áreas terrestres protegidas. Ainda precisamos aumentar muito a nossa proteção e, para isso, a sociedade tem que estar mais envolvida e se apropriar da defesa das UCs”, argumentou.
Maretti falou também sobre a necessidade de fortalecimento das unidades de conservação estaduais e municipais, bem como das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). O trabalho voluntário em UCs foi outro assunto levantado durante o debate: “Proponho a criação de um amplo programa de voluntariado nas UCs, que possa abarcar diferentes temas, como visitação, combate a incêndios e educação ambiental”, defendeu.
O evento contou ainda com a presença da coordenadora de áreas protegidas da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Marion Silva, que tratou dos benefícios promovidos pelas Unidades de Conservação, dividindo-os em quatro dimensões: benefícios internos (retorno de imagem e retorno financeiro através da bilheteria, por exemplo), benefícios para o entorno imediato (tais como o abastecimento de água), benefícios locais (repartição de receitas tributárias com o município, geração de emprego e renda, educação ambiental) e, por fim, os ganhos globais (redução do desmatamento e da erosão, por exemplo).
“A valoração desses benefícios econômicos e sociais demonstra que as UCs podem ser entendidas como unidades produtivas, contribuindo para dinamizar a economia local”, afirmou Marion.
Comunicação ICMBio
(610 2028-9280