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Cadeia produtiva do marisco é tema de oficina
Publicado em
29/08/2018 18h30
Atualizado em
30/08/2018 14h18
Durante a prática, foram desenvolvidas rodas de conversas sobre o tema com lideranças e pescadoras.
Aconteceu, nos dias 25 e 26 de agosto, na Resex Corumbau, comunidade aldeia Bugigão, uma oficina de mariscos, envolvendo lideranças e pescadoras das Resex Corumbau e Canavieiras. A oficina teve início no dia 25 com a organização dos insumos, captura, cozimento e catado do marisco aratu. E, no dia 26, preparação de alimentos, pastéis e moqueca. Essa modalidade de pesca é tradicionalmente desenvolvida em Canavieiras, que a trouxe à Resex Corumbau. Durante a prática, foram desenvolvidas rodas de conversas com o tema cadeia produtiva do pescado.
De acordo com a consultora responsável pelo trabalho, Jaqueline Sicupira, a oficina foi uma forma de trabalhar conceitos em torno do tema cadeia produtiva do pescado como insumos, captura, beneficiamento, boas práticas de manipulação de pescado, comercialização, a partir de uma atividade prática que possibilitasse à técnica sistematizar o conhecimento tradicional e às extrativistas o entendimento de termos técnicos, os quais se deparam diariamente. “Trabalhamos em torno do planejamento, de sensibilizar para o ganho social, econômico e ambiental de um negócio coletivo, de compreender quais são os produtos, o perfil dos clientes, a possibilidade de comercialização conjunta das Resex marinhas da Bahia”, ressalta Jaqueline.
A pescadora Inajé da Conceição Ferreira, da aldeia Pará, Resex Corumbau, salientou a importância da formação. “Eu achava que eu não era da pesca, porque eu não vou no mar, mas agora eu sei que se acordo às 4 horas da manhã para preparar a merenda do meu marido, trato e vendo o peixe que ele traz do mar, eu também sou da pesca e agora vou participar mais das coisas da Resex”, afirmou. Dona Marlene, da Resex Canavieiras, pescadora e uma das fundadoras da Rede de Mulheres, sentiu-se lisonjeada em ensinar a pescaria e em falar da importância da organização em rede. “Juntas e com união nós podemos mudar a vida do nosso povo”.
De acordo com Ronaldo Freitas, chefe da Resex Corumbau, atividades como essa são vitais para o fortalecimento comunitário. “Mais que o aprendizado e a articulação de alternativas para a cadeia produtiva do pescado o estar juntas, alimentando a solidariedade, reforçando a tradição e reafirmando o território, isso dá forças para lutar por mais direitos. Assim, se firma a família Resex”.
(consultoria: elaboração participativa de um Plano de Negócios para a Cadeia Produtiva do Pescado na Resex Corumbau, que vem de uma linha do Gef Mar, que visa o fortalecimento comunitário/parceria FUNBIO e ICMBIO, com recursos do Banco Mundial).
(consultoria: elaboração participativa de um Plano de Negócios para a Cadeia Produtiva do Pescado na Resex Corumbau, que vem de uma linha do Gef Mar, que visa o fortalecimento comunitário/parceria FUNBIO e ICMBIO, com recursos do Banco Mundial).
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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