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Cadastro de famílias é realizado em comunidades na Flona Aripuanã, no sul do Amazonas
Família da comunidade Flona Aripuanã - Foto: João Arantes/NGI Humaitá
A equipe do NGI Humaitá realizou entre os dias 6 e 16 de novembro o cadastro das famílias extrativistas que moram na Flona do Aripuanã, no sul do estado do Amazonas. Foram visitadas 7 comunidades e 2 sítios na unidade de conservação, e cadastradas 49 famílias residentes, que vivem do extrativismo e agricultura familiar, sendo que há ainda outros moradores que não puderam estar presentes durante a ação. O cadastro é um passo importante no acesso das comunidades a políticas públicas, tais como o Bolsa Verde, entre outros benefícios sociais para os quais os povos tradicionais são elegíveis, bem como para assegurar a sua participação na gestão da UC. A equipe utilizou no cadastramento o formulário do novo aplicativo Sisfamilias, em fase de teste.
Para realizar o cadastro, os servidores se deslocaram ao longo de 160 quilômetros pelo Rio Aripuanã, em cujas margens se localizam as comunidades Salva Terra, Santa Maria, Piuntuba, Conceição, Natal, Aldeia Vista Alegre (comunidade indígena) e comunidade Castanhalzinho, além dos Sítios Terra Preta e Boa Esperança. Durante as atividades, os servidores se hospedaram na comunidade Santa Maria, sede de uma das associações de moradores da Flona. Foram visitadas todas as residências, e anotados os dados de todos os membros das famílias residentes.
A Flona Aripuanã teve seu Conselho Consultivo Integrado com a Reserva Biológica de Manicoré criado no mês passado, e o cadastramento das famílias que moram na unidade é importante também para garantir que as comunidades tradicionais sejam representadas no colegiado, o qual tem papel central na elaboração do Plano de Manejo, documento técnico que define zonas e normas de uso dos recursos das áreas protegidas e deve ser construído de forma participativa com as entidades que atuam no território. O Conselho deve ser empossado em dezembro.
“O Conselho Consultivo é uma importante ferramenta de gestão, é considerado atividade de relevante interesse público e potencializa o desenvolvimento socioambiental da região. O cadastramento de famílias na Flona do Aripuanã e a formação do conselho com representantes das comunidades em cadeiras do conselho ajudará uma das missões do ICMBio: formular e implementar políticas públicas ambientais visando proteger o meio ambiente e promover o desenvolvimento socioeconômico", conta o analista ambiental do NGI Humaitá João Arantes, um dos servidores que realizou o cadastramento.