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Brasil lidera proteção de áreas úmidas
Publicado em
21/03/2018 13h06
Convenção reconhece três novos sítios Ramsar brasileiros. País assume a primeira posição em extensão de áreas úmidas.
Três novas áreas úmidas brasileiras foram reconhecidas nesta terça-feira (20/03) como sítios Ramsar, título conferido pela Convenção de Ramsar, que promove a proteção e a sustentabilidade de habitats aquáticos em todo o mundo. Com isso, o Brasil passou a ser o primeiro colocado do mundo, com a maior extensão de áreas tituladas pela Convenção. O anúncio ocorreu em evento no Fórum Mundial da Água, que ocorre em Brasília até o fim desta semana.
Esses três novos sítios anunciados incluem o mosaico de UCs federais, estaduais e municipais do Rio Negro, no Amazonas, em uma área de 12 milhões de hectares. O país obteve, também, o reconhecimento dos Manguezais da Foz do Amazonas, em 3,8 milhões de hectares entre o Amapá e o Maranhão, e do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
Com a inclusão desses três sítios aos 22 já existentes, o país é, agora, o que detém a maior extensão em áreas reconhecidas como Sítio Ramsar. O título internacional contribui para que essas regiões conquistem novas parcerias, acordos de cooperação, apoio às pesquisas e obtenção de financiamento de projetos de preservação e conservação ambientais.
A diretora de Conservação de Ecossistemas do MMA, Ana Paula Prates, destacou a importância do reconhecimento, em especial os do Rio Negro e dos Manguezais da Foz do Amazonas. “É uma inovação enorme. Esses são os primeiros sítios regionais que conectam várias unidades de conservação e terras indígenas”, explicou. Considerado o maior Sítio Ramsar do mundo, o mosaico do Rio Negro é integrado por 17 unidades de conservação, federais, estaduais e municipais e oito terras indígenas. Já o sítio dos Manguezais da Foz do Amazonas é formado por 23 Ucs federais e estaduais.
Os certificados foram entregues pela secretária regional da Convenção de Ramsar para as Américas, Maria Rivera, que destacou a liderança brasileira na proteção às áreas úmidas. “O Brasil ocupa agora dois postos importantes na convenção. É um marco no tratado internacional”, declarou. Segundo ela, o reconhecimento é um passo importante tanto no plano regional, quanto no internacional.
Participaram da cerimônia o Secretário de Biodiversidade do MMA, José Pedro de Oliveira Costa, que representou o ministro Sarney Filho, o líder da Federação Indígena dos Povos do Rio Negro, Marivelton Rodrigues, do povo Baré, o conselheiro da União Internacional para Conservação da Natureza, Carlos Brickman, e Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental (ISA).
ARQUIPÉLAGOS
Para o secretário José Pedro de Oliveira Costa, a quarta-feira “foi um dia de festa no Fórum das Águas”. O motivo das comemorações foi a publicação dos decretos de criação das novas UCs marinhas dos arquipélagos de São Pedro e São Paulo (PE) e Trindade e Martin Vaz (ES), anunciada na segunda-feira (19/03) por Sarney Filho. Representantes do Ministério da Defesa, do Comando da Marinha e secretários de meio ambiente dos estados do Pernambuco e Espírito Santo, além de representantes de organizações não governamentais e organismos internacionais lotaram o auditório do Espaço Brasil no Fórum para comemorar a criação das UCs.
Com a medida, a área coberta por unidades de conservação na costa brasileira salta de 1,5% para 25%, atingindo com sobra a meta de Aichi de conservação de 17% das áreas marinho-costeiras, estabelecida pela Convenção sobre Diversidade Biológica. O presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, destacou a importância da conservação dos ecossistemas brasileiros. “Para o tamanho do Brasil, temos que ser ousados”, afirmou.
Por: Ascom MMA
Comunicação ICMBio
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