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Brasil e África do Sul cooperam em prol de parques e áreas de conservação
- Foto: Helena Machado
Brasil e África do Sul, países com diversas similaridades, compartilham problemas e desafios em relação às questões da gestão das respectivas unidades de conservação. Desde 2013, quando foi assinado o Memorando de Entendimento sobre cooperação em meio ambiente entre ambas nações, o interesse em estabelecer projetos de cooperação técnica sobre o tema tem integrado a pauta de reuniões entre equipes técnicas brasileiras e sul-africanas.
Missão de prospecção em prol de parques e áreas de conservação, realizada entre 14 e 27 de julho último, nas cidades de Johanesburgo, Skukuza e Cidade do Cabo, reuniu representantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) com especialistas da South African National Parks (SANParks), entidade sul-africana responsável por gerenciar 22 parques naquele país.
A visita ao país africano foi organizada pela ABC, responsável por coordenar todos os projetos de cooperação brasileira internacional para o desenvolvimento. O ICMBio, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), é a entidade executora parceira na implementação de projetos sobre meio ambiente, reconhecida internacionalmente por sua atuação.
Áreas
Foram debatidas possibilidades de cooperação em diferentes assuntos, tais como manejo integrado do fogo em territórios que abrangem as Unidades de Conservação (UCs); gestão socioambiental; criação de novas UCs; planos de manejo; procedimentos relativos ao voluntariado estrangeiro; política de gestão do uso público; conservação, pesquisa e monitoramento; uso de tecnologias digitais e capacitação.
A identificação de áreas prioritárias de interesse mútuo constitui o primeiro passo para o estabelecimento de projetos de cooperação técnica que marcarão a troca de experiências entre os dois países, na área ambiental.
Para o responsável da ABC por cooperação técnica com África, Ásia e Oceania, Nelci Caixeta, a junção dessas duas instituições de renome representa oportunidade única. “O ICMBio tem competências na gestão e no monitoramento de Unidades de Conservação, experiência bastante importante para essa colaboração com o SANParks”, afirmou. “Já a instituição sul-africana garante a conservação ambiental nos parques que gerencia por meio de operações de turismo sustentável, o que é uma expertise de importância singular”, complementou.
Segundo Marcelo Marcelino, diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio, a missão aponta para uma agenda de cooperação diversa, que inclui o manejo de alta complexidade logística de espécies exóticas invasoras da fauna, aproveitando toda a experiência do Parque Nacional Kruger nas práticas com grandes mamíferos. “Estamos muito entusiasmados com a troca de experiências e com a perspectiva de que esses projetos sejam concretizados em breve”, finaliza Marcelino.
Comunicação ICMBio e ABC (Agência Brasileira de Cooperação)
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