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Brasil discute preservação das baleias
Chefe do CMA representa o País na reunião da CIB
Brasília (17/06/2013) - O Brasil acaba de participar da 65ª reunião do Comitê Científico da Comissão Internacional da Baleia (CIB), em Jeju Island, na Coréia do Sul. O evento, que começou dia 31 de maio, terminou neste domingo (16). A pesquisadora Fábia Luna, chefe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), representou o País no encontro, que teve a participação de mais de 200 pesquisadores de cerca de 80 países signatários da Convenção, criada em 1946 para tratar da caça de baleias.
Atualmente a caça de baleias comercial está suspensa devido à moratória estabelecida pela CIB em 1984. Dois países continuam caçando baleias de forma comercial (Noruega e Islândia, que fizeram objeção à moratória). Além deles, o Japão realiza caça científica em acordo com um dos artigos da Convenção. A caça realizada pelo Japão é muito discutida internacionalmente, uma vez que é praticada em águas internacionais estabelecidas como um santuário de baleias.
Durante a reunião do Comitê Científico, foram discutidos problemas ambientais que podem afetar as populações de baleias como poluição orgânica e inorgânica, ruídos marinhos, atropelamentos, emalhes, capturas acidentais, degradação do habitat e aquecimento global, entre outros.
Segundo Fabia Luna, os participantes do encontro defenderam o whalewatching (observação de baleias) realizado de forma responsável, uma vez que a atividade tem sido considerada como a melhor opção para utilização das baleias de forma não letal, no seu habitat, como uma forma de renda para populações e desenvolvimento de turismo em regiões onde a espécies ocorrem.
Ainda segundo Fabia, o Brasil tem investido em implementação da atividade de whalewatching em suas águas jurisdicionais de forma responsável, evitando que a atividade acabe prejudicando as baleias. Para tanto, disse ela, é necessária atenção especial em relação ao aumento de poluição sonora, dejetos das embarcações, forma de aproximação e distância dos animais, entre outros.
A representante do ICMBio considerou a reunião bastante positiva. Ela disse que o Brasil tem conseguido desenvolver várias pesquisas e ações com vistas à conservação dos mamíferos aquáticos. E ressaltou de se fazer presente nessas reuniões, discutindo assuntos científicos e reforçando a posição de que o País trabalha em prol da conservação e uso não letal dos cetáceos.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280