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Biodiversidade do Parque da Amazônia é monitorada
Publicado em
03/07/2018 20h04
Atualizado em
03/07/2018 20h29
As atividades fazem parte do programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio.
O Parque Nacional da Amazônia está completando o primeiro ano de implantação do Programa de Monitoramento da Biodiversidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – Programa Monitora. Espécies de aves, mamíferos e borboletas frugívoras estão sendo monitoradas desde o ano passado.
No caso dos mamíferos e aves, considerando apenas os dados já validados, foram registradas, na estação seca de 2017, 29 espécies (20 de mamíferos e 9 de aves). Porém, após a implantação do protocolo básico, durante 2 meses da estação chuvosa de 2018, foram instaladas trinta armadilhas fotográficas nas mesmas trilhas usadas para o monitoramento. As filmagens acrescentaram mais 15 espécies (13 de mamíferos e de 2 aves) à lista do Parna da Amazônia, totalizando 44 espécies alvo. Estes resultados colocam o Parna da Amazônia entre as 3 unidades de conservação com o maior número de espécies de mamíferos e aves de interesse para o monitoramento.
No caso das borboletas frugívoras, foram capturados e liberados 344 indivíduos em 2018, compreendendo 8 das 13 tribos conhecidas para a Amazônia. A maior parte das 25 espécies capturadas é indicadora de ambientes florestais bem conservados.
Segundo Rodrigo Cambará Printes, ponto focal do Programa Monitora na Unidade Especial Avançada de Itaituba (UNA), fazer o monitoramento da biodiversidade na região do Pará “é uma forma de resistência das unidades de conservação”, pois, de acordo com ele, estas áreas vêm passando por um processo de desqualificação ambiental, seguido de propostas de desafetação, além da forte pressão local representada pela grilagem de terras públicas, desmatamento, pecuária e garimpo.
“O monitoramento da biodiversidade viabiliza um aporte de dados atuais sobre a relevância biológica das unidades de conservação, informações que são muito importantes como argumento na luta pela sua manutenção”, diz Rodrigo.
“O monitoramento da biodiversidade viabiliza um aporte de dados atuais sobre a relevância biológica das unidades de conservação, informações que são muito importantes como argumento na luta pela sua manutenção”, diz Rodrigo.
Neste período de monitoramento, foi realizada a abertura de trilhas de 5 km para amostragem dos principais indicadores biológicos, além da capacitação local de 40 pessoas no município de Itaituba. As ações foram financiadas pelo Programa ARPA e contaram com o apoio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB/ICMBio, sediado em João Pessoa, PB), de estudantes e professores da Faculdade de Itaituba (FAI), do Instituto Federal do Pará, Campus Itaituba, além da participação de um consultor, o ecólogo Márcio Uehara Prado. Além da atuação dos integrantes do projeto Motivação e Sucesso na Gestão de Unidades de Conservação” (MOSUC), do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE, Nazaré Paulista, SP), em parceria com a ADTUR (Associação de Desenvolvimento do Turismo Regional do Tapajós – Itaituba, PA).
O Parna da Amazônia foi o primeiro Parque Nacional criado na Amazônia brasileira, em 1974, mas somente agora, com a implantação da Unidade Especial Avançada de Itaituba (UNA), a unidade de conservação conta com um programa de monitoramento da biodiversidade.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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