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Barco-escola francês visita Noronha
Passageiros contaram com o apoio da equipe do ICMBio para conhecer as belezas naturais do parque e entrevistar moradores do arquipélago
Brasília (02/01/17) – Sete adolescentes e quatro adultos passam quase um ano velejando por diversos lugares no Oceano Atlântico para aumentar o contato com a natureza, desconectar dos aparatos tecnológicos e viver experiências diferentes. O veleiro-escola
Grandeur Nature
saiu da França há dois meses, passou pelas Ilhas Baleares e Ilhas Canárias (Espanha), Cabo Verde (África) e atracou no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, unidade de conservação (UC) administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em Pernambuco.
Os próximos destinos são Guiana Francesa, República Dominicana, Cuba, Bahamas (Estados Unidos) e Açores (Portugal). A ideia desse barco-escola é passar para os adolescentes o que a escola tradicional não ensina, a vida compartilhada, a divisão de tarefas, o contato com moradores. “Aprendemos muitas coisas que podem ser úteis mais tarde e meu interesse é mudar e amadurecer”, conta Matías Lebegue, de 15 anos. Os adolescentes que viajam no barco-escola, um veleiro-catamarã que já fez 14 expedições como esta, são selecionados de acordo com sua vontade de participar e também como forma de socialização, já que alguns deles apresentam problemas sociais.
A rotina é bem agitada: acordam às 5h30 da manhã e com o pôr do sol estão de volta ao barco para jantar e conversar sobre o dia. A programação de cada um é feita de acordo com suas preferências e o acesso internet é controlado. A ideia é desconectar do que está longe. No final da expedição, a equipe produz um grande livro com fotos e relatos.
“O mais interessante do projeto é a diversidade dos jovens, alguns vêm da montanha, outros da periferia, e todos têm vontade de viver as mesmas experiências”, analisa Christophe Dasnieres, idealizador do
Grandeur Nature
. Os adultos que acompanham os adolescentes são professores, um assistente social e o marinheiro do barco. Segundo Christophe, a legislação francesa diz que todas as crianças e adolescentes precisam aprender, o que não necessariamente deve acontecer dentro de uma escola tradicional.
Em Noronha pela quarta vez com grupos diferentes, o
Grandeur Nature
contou com o apoio do ICMBio para que seus passageiros visitassem as atrações do parque, entre elas a trilha do Capim-Açu. Os adolescentes também realizaram entrevistas com pessoas da comunidade e fizeram aulas de surf e mergulho. Para saber mais sobre o projeto, visite o site (em francês)
www.grandeurnature.org
.
Outro veleiro que aportou logo depois na ilha, também barco-escola, foi do projeto
Class Afloat
, da universidade
West Island College International
, com sede no Canadá. Os jovens são universitários e também passam dois semestres viajando pelo mundo. Saiba mais em
www.classafloat.com
.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280