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Atletas olímpicos remam nas Cataratas do Iguaçu
Iniciativa teve o objetivo de aliar a conservação da natureza ao esporte como uma forma de alertar para a importância do desenvolvimento socioambiental
Brasília (27/01/2017) – Poucas coisas podem marcar tanto a vida de um atleta quanto competir em uma edição de Jogos Olímpicos, mas os cinco canoístas que representaram a canoagem slalom do Brasil na Rio 2016 tiveram, nesta semana, um dia que ficará gravado para sempre. Ana Sátila, Pedro Gonçalves, Felipe Borges, Charles Corrêa e Anderson Oliveira puderam remar e treinar um pouco das suas técnicas nas corredeiras das Cataratas do Iguaçu.
Pedro Gonçalves, do K1 Masculino, comentou essa oportunidade. “Estar em um parque nacional, com toda essa biodiversidade e poder remar junto com a natureza, com este cenário das Cataratas, é de arrepiar”.
Já Felipe Borges, nascido em Foz do Iguaçu, ficou impressionado com a rara possibilidade. “Poder ver essas maravilhas de outro ângulo é uma oportunidade única. Muito obrigado ao Parque Nacional do Iguaçu e às pessoas que aqui trabalham por cuidar de tudo isso para nós”, agradeceu o atleta.
Charles Corrêa aproveitou cada minuto na água. “Não tenho palavras para descrever minha felicidade, foi incrível poder estar em um Patrimônio Natural da Humanidade e remar aos pés de uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo”.
Ana Sátila sempre disse que sempre quis remar nas corredeiras do Iguaçu. “Adoro esse local, essa energia da natureza”, disse ela, com a concordância de Anderson Oliveira “Esse momento ficará na minha memória para sempre”, emendou o atleta.
Planejamento
Em virtude do Parque Nacional do Iguaçu ser uma unidade de proteção integral da natureza, a atividade só pode ser realizada por meio de um planejamento que considere toda logística e segurança dos atletas, assim como da biodiversidade local.
“Quando recebemos a proposta da Confederação Brasileira de Canoagem percebemos uma oportunidade de promover a conservação da natureza aliada ao esporte como uma forma de desenvolvimento socioambiental, de chamar a atenção para esta integração”, disse Rafael Rodrigues Machado, servidor do parque e coordenador da atividade.
“No atendimento aos visitantes do parque nacional, assim como nas produções especiais, primamos pela conservação da biodiversidade e contamos sempre com o apoio dos concessionários”, informou o servidor.
Para a atividade de canoagem com os atletas olímpicos, a equipe do Macuco Safari, que realiza passeios no local, deu o suporte e segurança. “Gostaria de agradecer e parabenizar aos atletas olímpicos pela compreensão da importância de um parque nacional e pela dedicação e esforço em representar o Brasil”, finalizou Machado.
Durante a atividade, os canoístas olímpicos foram fotografados por Alexandre Marchetti, da Itaipu Binacional, fotógrafo profissional que conhece muito bem o Parque Nacional do Iguaçu e os diversos cenários propícios à captação de belas imagens.
Mas neste desafio ele disse ter sentido um significado diferente. “Algumas vezes imagens se constroem pelo conteúdo. Foi muito bacana encaixar os atletas nesta cena, todos estavam radiantes com esta rara oportunidade. Fotografá-los aos pés das imponentes Cataratas do Iguaçu foi como pintar nossos heróis brasileiros num cenário de gigantes da natureza”.
O parque
Criado em 1939, o Parque Nacional do Iguaçu abriga o maior remanescente de floresta Atlântica da região sul do Brasil. Protege riquíssima biodiversidade de espécies da fauna e flora brasileiras, algumas ameaçadas de extinção, como onça-pintada, puma, jacaré-de-papo-amarelo, papagaio-de-peito-roxo, gavião-real, peroba-rosa, araucária, além de muitas outras espécies de relevante valor histórico, cultural e de interesse cientifico.
Essa expressiva variedade biológica, somada à beleza singular das Cataratas fizeram do Parque Nacional do Iguaçu a primeira unidade de conservação do Brasil a ser considera como sítio do Patrimônio Mundial Natural pela Unesco, no ano de 1986.
Comunicação ICMBio - (61) 2028-9280 - com informações da Confederação Brasileira de Canoagem