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Atlas da Fauna Ameaçada de Extinção em UCs federais
Brasília (11/04/2001) - Com o objetivo de possibilitar uma primeira avaliação da eficiência do Sistema Nacional de Unidades de Conservação- SNUC na proteção das espécies da fauna ameaçadas de extinção o Instituto Chico Mendes lançou, dia 11 de abril, o Atlas da Fauna Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação federais.
Entre as fontes consultadas para elaboração do Atlas estão o Livro Vermelho da Fauna Ameaçadas de Extinção bem como inúmeros Planos de Manejo de Unidades de Conservação e Planos de Ação para Conservação de Espécies Ameaçadas.
Os primeiros resultados indicaram, por exemplo, que as informações disponíveis não ofereciam uma ideia sobre o conjunto de ocorrências de espécies ameaçadas em unidades de conservação, uma vez que os dados estavam dispersos e armazenados em formatos distintos e, em muitos casos, de difícil acesso.
No total, foram compilados 1.333 registros de 314 espécies da fauna ameaçada, em 198 UCs federais. Por exemplo, na Mata Atlântica, a unidade com maior número de registros é a Reserva Biológica de Sooretama, no Espírito Santo: 33 no total. Com 32 registros, também na Mata Atlântica, estão a Estação Ecológica de Murici (AL) e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ).
Já, por exemplo, no bioma Marinho/Costeiro registraram-se 26 espécies ameaçadas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, em Santa Catarina, e 24 no Parque Nacional Marinho de Abrolhos, na Bahia. Outro exemplo vem do bioma Cerrado, onde os destaques ficaram com o Parque Nacional das Emas (25) e Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (22), ambos em Goiás.
O Atlas relaciona, ainda, as 20 espécies ameaçadas com ocorrências em maior número de unidades de conservação. A espécie mais registrada foi a onça-pintada (Pantera onca), localizada em 59 UCs, em todas as regiões e biomas brasileiros, seguida da jaguatirica (Leopardus pardalis mitis) com ocorrência em 45 UCs e o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) em 39 UCs.
O Atlas foi elaborado pela equipe da Coordenação de Análise e Prognóstico da Biodiversidade do Instituto Chico Mendes (COAPRO/ICMBio). Críticas e sugestões podem ser enviadas para o e-mail: coapro@icmbio.gov.br.
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