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Artigos do CPB/ICMBio analisam casos envolvendo primatas na natureza
As conclusões dos artigos podem auxiliar futuras ações de manejo
Brasília (04/10/2012) - Em dois novos artigos científicos veiculados recentemente em revistas especializadas, os pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação dos Primatas Brasileiros (CPB/ICMBio), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), analisam casos problemáticos envolvendo primatas soltos na natureza. Ambos chegam a conclusões importantes para auxiliar futuras ações de manejo e investigação relacionadas a esses animais.
Em “Ulceração cutânea em resposta ao uso de rádio-colar em Alouatta”, publicado na seção “Animais Selvagens e Exóticos” da edição maio/junho/2012 da revista “A Hora Veterinária”, os analistas ambientais Plautino Laroque, Marcos Fialho, Keoma Rodrigues e Taíssa Régis avaliam a ocorrência de ferimentos na pele de uma fêmea da espécie guariba-de-mãos-ruivas ( Alouatta belzebul ) provocados por um rádio-colar, aparelho utilizado para estudos populacionais e de comportamento com primatas.
Além de tratar os ferimentos do espécime, liberada na Reserva Biológica Guaribas, em Mamanguape (PB), os pesquisadores concluíram que tal tipo de rádio-colar pode não ser adequado ao uso em Alouatta , havendo a necessidade da realização de testes prévios de adaptação dos animais a esses equipamentos em ações de manejo e investigação.
Já em artigo publicado na edição setembro/outubro/2012 da revista “Nosso Clínico”, os analistas ambientais do CPB/ICMBio Plautino Laroque e Leandro Jerusalinsky se unem aos médicos veterinários Leontina Macedo e Paulo Guilherme Wagner – membro do Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) da Superintendência do IBAMA na Paraíba – para elucidar a morte de um guigó ( Callicebus coimbrai ) no CETAS/PB por dilatação gástrica e torção gastrointestinal.
Intitulado “Torção gastrointestinal fatal em espécime cativo de primata ameaçado de extinção, Callicebus coimbrai: relato de caso”, o estudo concluiu que o problema foi causado por uma fratura transversa mal tratada no fêmur direito. A ruptura comprometeu os movimentos e o sistema digestivo do espécime, causando-lhe dores crônicas e restringindo-lhe o apetite.
Considerado raro, o caso desse indivíduo evidencia a importância de se analisar, para o manejo adequado, o comportamento e a fisiologia das espécies in situ e ex situ – inclusive os aspectos físico e alimentar, além dos fatores que possam causar alterações.
Comunicação ICMBio
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