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Ararinhas-azuis já estão no Brasil
As duas fêmeas vão passar por quarentena
Brasília (27/02/2013) – A edição desta quarta-feira (27) do Jornal Hoje, da TV Globo, destacou o desembarque, ontem à noite, no aeroporto de Guarulhos (SP), dos dois primeiros exemplares da ararinha-azul ( Cyanopsitta spixii ) ( veja a matéria na íntegra ).
As aves, mantidas em cativeiro na Alemanha, chegaram ao Brasil como uma das ações do projeto Ararinha na Natureza, que tem como objetivo devolver à caatinga brasileira a espécie que desapareceu da região há mais de uma década.
A iniciativa tem como parceiros o ICMBio e organizações da sociedade civil sem fins lucrativos (SAVE Brasil e Funbio, via carteira Fauna Brasil) e a Vale.
A transferência das aves obedeceu a normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e foi acompanhada diretamente pelo ICMBio, que coordena o Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação da Ararinha-azul, e pela Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE-Brasil). Elas foram trazidas em caixotes especiais, imunes a contaminações.
Na matéria, a repórter Neide Duarte lembra que a ararinha-azul está extinta na natureza há mais de doze anos e que só há 79 exemplares no mundo, sendo quatro no Brasil. Os demais se encontram em cativeiros no exterior. As duas fêmeas que chegaram ontem vão se juntar, depois de quarentena, aos indivíduos que estão em criadouros no País, para a reprodução.
A analista ambiental Camile Lugarini, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestes (Cemave), do ICMBio, disse que espera que em quatro anos 50% do plantel reprodutivo da ave no mundo esteja no Brasil, para que sejam feitas as primeiras experimentações de reintrodução na natureza, previstas para 2017.
Em abril deste ano, será feita a repatriação de um novo grupo de ararinhas-azuis que virão da Espanha. No início deste mês, o Cemave acompanhou a transferência de um casal de ararinhas na Europa.
PAN da Ararinha-azul
O
Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul
foi instituído pelo ICMBio no ano passado (Portaria 17/2012) e tem como objetivo aumentar a população manejada em cativeiro e recuperar o habitat de ocorrência histórica da espécie, no sertão da Bahia, até 2017, quando deverão ser feitas as primeiras experiências de reintrodução da ave na natureza.
O PAN é composto por um objetivo geral, seis objetivos específicos e 41 ações. A coordenação está a cargo do Cemave, o centro de aves do ICMBio, com supervisão da Coordenação Geral de Manejo para Conservação do Instituto.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280