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Aos 10 anos, ICMBio mostra avanços
Na cerimônia de comemoração do aniversário, em Brasília, presidente traça um panorama das conquistas obtidas pelo órgão na gestão das UCs e preservação das espécies ameaçadas
Ramilla Rodrigues
ramilla.rodrigues@icmbio.gov.br
Brasília (29/08/2017) – Em 2007, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) era criado pela Lei 11.516/2007. Dez anos depois, o ICMBio celebra seu aniversário junto a servidores, colaboradores e parceiros, apresentando uma série de avanços na gestão das unidades de conservação e preservação da fauna ameaçada.
Além de dirigentes e servidores, participaram da cerimônia, realizada nessa segunda (28), na sede, em Brasília, representantes de entidades parceiras como SOS Mata Atlântica, WWF, GIZ, Agência Nacional de Águas (ANA), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Com uma viagem às principais paisagens do país – dos Pampas à Amazônia, do Cerrado aos ambientes marinho-costeiros – coube ao presidente do Instituto, Ricardo Soavinski, apresentar dez conquistas importantes nas áreas de Pesquisa e Monitoramento, Produção Sustentável, Criação e Proteção de Unidades de Conservação e Uso Público, entre outras.
324 UCs e 79 milhões de hectares
Inicialmente, ele lembrou que o ICMBio gerencia 324 unidades de conservação (UCs), num total de 79 milhões de hectares, equivalentes a 9% do território nacional. Dessas, 147 são de proteção integral e 177 são de uso sustentável. Além disso, há 667 Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs) apoiadas pelo Instituto. Em 2007, eram 440.
Segundo o presidente, de 2007 para cá, o número de planos de manejo de Unidades de Conservação (documento fundamental para a gestão das unidades) saltou de 78 para 178, um crescimento de mais de 100%. No momento, 69 UCs estão em fase de elaboração dos planos.
Na área de pesquisa, ressaltou Soavinski, o ICMBio ganhou relevância em nível internacional. O órgão foi responsável pela maior avaliação de fauna do mundo: 12.254 espécies. Em 2007, o número era de 1.000 espécies. Além disso, o Instituto também fomenta a pesquisa por meio dos seus 14 Centros, que produziram mais de 450 artigos científicos.
Gestão participativa
Mas o ICMBio não protege somente fauna e flora. As pessoas também são muito importantes na gestão e implementação das unidades. O Instituto, de acordo com o presidente, tem ampliado a gestão participativa por meio de conselhos gestores, que contam com o apoio de comunitários e parceiros no apoio à administração das UCs. São 280 conselhos, reunindo em torno de 8.000 conselheiros em todo o país.
Já o número de famílias cadastradas nas reservas extrativistas, segundo o presidente, passou de 3 mil, em 2010, para 41 mil, em 2017. Essas famílias contribuem de maneira importante para as economias locais, com produção sustentável de produtos agroflorestais (castanhas, óleos, vegetais etc) e animais (pirarucu e crocodilianos). “É importante enfatizar esse trabalho”, disse Soavinski, ao falar sobre a produção de robalo nas unidades das regiões Sul e Sudeste.
Aumento da visitação
A visitação nas unidades de conservação, ainda segundo o presidente do ICMBio, vem crescendo a cada ano, desde a criação do órgão. Em 2016, foram registradas 7,5 milhões de visitantes, número que em 2008 era de 3.591. “Esse aumento é reflexo do esforço do ICMBio em dotar as unidades de infraestrutura como sinalização e adaptação de trilhas”, reforçou Soavinski.
Apesar de todas essas conquistas, o presidente do ICMBio destacou que ainda há muito por fazer “Precisamos avançar ainda mais na conservação, na pesquisa, na participação e na aproximação com a sociedade”, concluiu.
As comemorações dos 10 anos do ICMBio continuam. Até o final do ano, estão programadas diversas atividades nas unidades de conservação com a participação dos vários setores da sociedade envolvidos com a conservação.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280