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Antas retornam à natureza em Anavilhanas
Casal chamado de Romeu e Julieta foi resgatado em 2016 pelos servidores da UC
Entre junho e novembro de 2016, a equipe do Parque Nacional de Anavilhanas resgatou dois filhotes de antas
(Tapirus terrestris
): o macho, à época com três meses de idade foi chamado de Romeu e a fêmea, com quatro, foi chamada de Julieta. Muito novinhos, os dois foram cuidados pelos servidores do Parque e, em seguida, alocados numa das bases do Parque. Neste mês, estes ilustres hóspedes deixaram a base e retornaram à natureza.
Durante o período, eles receberam microchips de identificação subcutâneos e foram assistidos pelo veterinário e analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (CEPAM). As antas foram mantidas num cercado onde recebiam alimentação natural (folhas e frutos de espécies nativas) e suplementação alimentar (milho, frutos e ração para equinos), além de suporte veterinário até atingir porte suficiente para a soltura, que ocorreu no dia 07 de junho.
Apesar da soltura, as antas costumam ficar perto da base onde viveram boa parte de suas vidas, com alguma constância de retorno em busca de alimento suplementar que será oferecido até que eles deixem de retornar à base. Julieta, por exemplo, já costuma ficar mais longe do local.
O manejo foi possibilitado pelos recursos do Programa ARPA, do qual a UC faz parte, contando ainda com o apoio da Coordenação de Monitoramento da Biodiversidade (COMOB/CGPEQ/DIBIO) já que o Parque não conseguiu apoio para realização de pesquisa externo ao ICMBio.
Sobre a espécie
A anta é o maior mamífero terrestre brasileiro. Está presente desde o sul da Venezuela até o Norte da Argentina, preferindo áreas abertas ou florestas próximas a rios e outros cursos d’água. Se alimenta de frutos, em especial os de palmeiras, como o buriti, palmito-juçara, jerivá e patauá. Mas sua sua alimentação preferencial é de folhas.
É um animal de hábitos solitários. A maturidade sexual é alcançada aproximadamente aos dois anos de idade e as fêmeas podem ter filhotes até os 28 anos. O ciclo reprodutivo deste animal é bem longo: uma gestação dura entre 13 a 14 meses e gera apenas um filhote. A caça e a perda de habitat pelo desmatamento contribuem para que a anta seja considerada uma espécie ameaçada de extinção no Brasil.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados:
Comunicação ICMBio
(61) 2028 9280