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Alunos têm aula de botânica em estação ecológica
Estudantes do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado do Mato Grosso visitam a Esec da Serra das Araras e conhecem de perto a varidade de espécies de plantas existentes na unidade
Brasília (02/02/2017) – A Estação Ecológica (Esec) da Serra das Araras, unidade de conservação (UC) federal, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), nos municípios de Porto Estrela e Cáceres, no Mato Grosso, recebeu entre os dias 27 e 29 de janeiro alunos e professores da disciplina Morfologia de Plantas Vasculares com Sementes, do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), do campus Jane Vanini, do município de Cáceres, para realização de atividades didáticas de pesquisa.
Durante o período, os alunos, além de conhecerem o trabalho da gestão da unidade de conservação e as principais fitofisionomias do Cerrado, percorrendo as trilhas da unidade de conservação, realizaram também a execução de pequeno projeto de pesquisa, com a observação e o registro de flores das muitas espécies da flora local.
As incursões realizadas nas diferentes trilhas, orientadas pelo grupo docente organizado para a atividade possibilitou aos alunos o acesso a plantas de todos as formas de vida e grupos taxonômicos pertencentes a 92 famílias botânicas e cerca de 140 espécies. Associado aos grupos botânicos, o foco principal foi dado à biologia floral e estruturas de reprodução de plantas.
Objetivos
De acordo com Marcelo Leandro Feitosa de Andrade, chefe da Esec, utilizar a unidade de conservação, que guarda importantes recursos naturais nos seus 28.700 hectares, para o desenvolvimento de aulas práticas e pesquisas científicas por alunos universitários é, sem duvida, um dos objetivos de uma unidade de conservação.
Para a professora Maria Antonia Carniello, a parceria estabelecida entre o ICMBio, a Estação Ecológica da Serra das Araras, a Unemat, o Herbário do Pantanal (HPAN) "Vali Joana Pott", Campus de Cáceres, e o Curso de Ciências Biológicas têm viabilizado atividades de fundamental importância para a formação dos futuros biológos.
“Como produtos, avaliamos que os alunos tiveram a oportunidade de compreender, na prática, os serviços ambientais ligados à polinização e a base para o entendimentos de interações biológicas e aspectos co-evolutivos da biodiversidade que a botânica possibilita trabalhar”, disse a professora.
Conhecimentos
Ainda segundo ela, a Esec, com as condições de biodiversidade e logísticas de que dispõe e com o apoio efetivo da equipe da UC aliado ao apoio viabilizado pela coordenação do Curso de Ciências Biológicas e do Campus de Cáceres-MT, possiblitou aos alunos de botânica um elevado avanço em conhecimentos conceituais e metodológicos sobre plantas e as respectivas fitofisionomias do bioma Cerrado, conservadas na Estação Ecológica da Serra das Araras, Porto Estrela (MT).
“É com grande alegria e satisfação profissional que a equipe da gestão da Estação Ecológica Serra das Araras vem trabalhando incessantemente nestes últimos três anos, para que esta unidade de conservação seja utilizada como laboratório em aulas campo e demais atividades didáticas no ensino superior”, disse Marcelo Leandro Feitosa de Andrade, chefe da Esec.
Para ele, a consequência disso é que a Estação Ecológica Serra das Araras atualmente é umas das unidade de conservação mais pesquisada no Estado de Mato Grosso e, também, uma das poucas no Brasil que possui um programa de visitação com objetivo educacional planejado e estruturado, recebendo centenas de alunos universitários anualmente e contribuindo para a formação profissional de estudantes dos cursos de Ciências Biológicas, Engenharia Florestal e Geografia.
“O sonho do professor Paulo Nogueira Netto (um dos pioneiros do ambientalismo brasileiro), na década de 1980, de se criar estações ecológicas como unidades de conservação com objetivo de pesquisa e visitação para fins educacionai, contribuindo, assim, para o desenvolvimento científico no Brasil, é uma realidade hoje na Estação Ecológica da Serra das Araras”, concluiu Andrade.
Comunicação ICMBio
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