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Alcatrazes combate espécies exóticas invasoras
Publicado em
14/01/2019 18h47
Com o apoio de voluntários, foram retirados diversos focos de mamona da ilha principal do arquipélago dos Alcatrazes.
O ICMBio em Alcatrazes já faz o manejo de espécies exóticas invasoras marinhas, como o coral-sol, há mais de cinco anos. Entretanto, com o diagnóstico da presença de espécies exóticas invasoras terrestres, como a mamona (Ricinus comunnis), a equipe iniciou o manejo e retirada destas espécies na última semana de 2018.
Com o apoio de voluntários, foram retirados diversos focos de mamona da ilha principal do arquipélago dos Alcatrazes. A mamona é originária da África e possui reconhecido potencial de bioinvasão e toxicidade, competindo com espécies nativas e podendo levar a alterações dos ecossistemas onde se instala. Por essa razão é fundamental sua erradicação logo no início da invasão, para evitar que fuja ao controle.
Não se sabe ao certo como a espécie se estabeleceu na ilha, mas o mais provável é que esteja relacionada à ocupação humana que lá ocorreu em épocas pretéritas. Trata-se de uma espécie que rebrota, mas felizmente não é capaz de propagação vegetativa, ou seja, extirpando-a pela raiz (e destruindo) e coletando todas as sementes, não há necessidade de retirar o restante da planta do local. Foram coletados, somente de sementes, 13 sacos de 50 litros.
Os focos estavam concentrados próximo ao ninhal de fragatas, não tendo sido registrados até agora em outros locais da ilha, felizmente. Foram erradicados cerca de 30 pés, e um cronograma de monitoramento vem sendo realizado a fim de identificação de novos focos de invasão. Outra espécie exótica já foi registrada na ilha, um bambu, cuja remoção ainda está em fase de planejamento para escolha da época e do método mais apropriados.
O Arquipélago dos Alcatrazes é protegido pela Estação Ecológica Tupinambás e pelo Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago dos Alcatrazes, que juntos somam uma área de aproximadamente 70 mil hectares e abrigam cerca de 1.300 espécies de flora e fauna, estando pelo menos 93 delas sob algum grau de ameaça de extinção. Portanto é extremamente importante o manejo e monitoramento de espécies exóticas invasoras marinhas e terrestres nestas unidades.
Comunicação ICMBio
(61) 20289280
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