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Ações buscam garantir defeso do caranguejo-uçá
Publicado em
10/01/2018 20h00
Atualizado em
15/01/2018 12h39
Estão programadas operações de fiscalização e atividades educativas para proteger a captura da espécie durante os meses de janeiro, fevereiro e março.
A Coordenação Regional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de Belém (PA) iniciou neste mês de janeiro as atividades de fiscalização para coibir a captura, o transporte, o beneficiamento, a industrialização e a comercialização do popularmente conhecido caranguejo-uçá ( Ucides cordatus ). As ações, que vem sendo planejadas desde meados do ano passado em parceria com as Reservas Extrativistas do litoral paraense, as quais compreendem a maior faixa de manguezal protegido do mundo, visam os seis períodos de defeso da espécie que ocorrem nos meses de janeiro, fevereiro e março, conforme determina a Instrução Normativa Interministerial MAPA/MMA n° 06 de 16/01/2017.
Segundo o chefe substituto da Coordenação Regional, Alessandro Marçal, a estratégia principal adotada é a produção de material educativo, buscando divulgar o período do defeso da espécie e a sensibilização da população da importância socioambiental da proteção e conservação do caranguejo-uçá. "A principal fonte de renda de mais de 70 mil famílias extrativistas vem do caranguejo-uçá", ressalta Alessandro. O servidor Edinaldo Gomes, chefe da Reserva Extrativista Marinha de Tracuateua, produziu e gravou, com uma banda de carimbó - ritmo tradicional da cultura do estado do Pará, uma música de sensibilização para proteção do período de defeso “Suatá", com o título “Deixa o Caranguejo Namorar”, com grande aceitação e repercussão na região.
Nos primeiros dias de 2018, a equipe de fiscalização do ICMBio, em conjunto com o Núcleo de Operações Especiais (NOE/PRF), realizou uma ação de fiscalização na Rodovia Federal BR 316, principal acesso à cidade de Belém, visando coibir o transporte e a comercialização no primeiro período de defeso da espécie. Entretanto, os fiscais não flagraram nenhum transporte e comércio de caranguejo-uçá na rodovia e no principal local de distribuição e comércio de capital. "Isso representa um grande resultado, pois atribuímos ao apoio da população. E esse apoio é fruto das ações educativas e preventivas do ICMBio na região sobre a importância dos períodos de defeso, propiciando a conscientização do extrativista, dos atravessadores e comerciantes", afirma Alessandro.
Comunicação ICMBio
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