Ação do ICMBio e Ibama combate garimpos ilegais

Neste mês, iniciou a operação de fiscalização Xapiri-Tapajós, uma ação conjunta do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que conta com o apoio da Força Nacional, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF).

Em vigor desde o dia 10 de agosto, a operação tem o objetivo de combater o garimpo ilegal no interior das unidades de conservação federais e em terras indígenas na área de influência da BR-163, rodovia que atravessa o país. O garimpo ilegal tem contribuído para piorar os alertas de desmatamento na região. Na Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós, o garimpo é responsável por cerca de 50% das áreas desmatadas no interior da APA.

Outros impactos buscam ser combatidos a longo prazo, como contaminação de cursos de água natural. A ação atua nos afluentes do rio Tapajós, que sofreu com depósito de resíduos e contaminação provinda da extração mineral irregular, que levou a alterações na cor e na qualidade da água no início de 2022.

Resultados

A operação tem impactado o cenário local, é o que aponta a análise dos alertas de desmatamento. Na semana anterior à deflagração da fiscalização, foram registrados 212 alertas na região e, após uma semana de operação, apenas 20 alertas foram detectados. A operação também tem contribuído para a desmobilização dos infratores, com a destruição de mais de 250 equipamentos utilizados para realizar a mineração ilegal, tais como dragas, escavadeiras hidráulicas, embarcações, motores e instrumentos logísticos da atividade.

A ação permanece sem data para encerrar, buscando combater ao máximo os ilícitos ambientais. “Pretendemos com a operação desestimular o avanço das atividades ilegais nas áreas protegidas e, com isso, melhorar a qualidade de água do rio Tapajós e seus afluentes. Como consequência, pretendemos melhorar a qualidade de vida dos povos tradicionais e de toda a população que vive na bacia desse importante rio”, informa a Gerente Regional do ICMBio na região Norte, Tatiane Leite.

Comunicação ICMBio

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