Pesquisa
Quando o assunto é pesquisa, o Centro TAMAR/ICMBio reúne uma história consolidada. Ao longo do tempo, a equipe do Centro TAMAR tem coordenado e participado de várias pesquisas com tartarugas marinhas no país. As pesquisas são executadas em conjunto com outras instituições e universidades, atividades que sempre contam com as devidas autorizações, a exemplo do SISBIO.
O SISBIO, Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade, define regras para coleta de material biológico, captura, marcação dentre outras atividades científicas com animais silvestres no Brasil e aqui destacamos as cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem na costa brasileira: a tartaruga-cabeçuda ou mestiça (Caretta caretta); a tartaruga-verde ou aruanã (Chelonia mydas); a tartaruga-de-pente ou legítima (Eretmochelys imbricata); a tartaruga-de-couro ou gigante (Dermochelys coriacea); e a tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea).
Mas por que pesquisar as tartarugas marinhas é tão importante?
Através das pesquisas é possível conhecer diversos aspectos do comportamento, fisiologia e ciclo de vida desses animais, informações vitais para que possamos diminuir o efeito negativo de nossas ações no ambiente, contribuindo também para o conhecimento do ecossistema marinho, e por consequência do nosso planeta.
Hoje sabe-se muito sobre a importância dos oceanos, seja como “pulmão do mundo”, uma vez, que as algas marinhas produzem 54% do oxigênio do planeta, seja pela regulação do clima, que muito dependente dos oceanos.
Sobre as tartarugas marinhas, muitos estudos focam no comportamento reprodutivo, em sua alimentação e exposição a contaminantes e nas rotas migratórias, apenas para citar exemplos.
Com o objetivo de conhecê-las mais e contribuir para a sua conservação, metodologias mundialmente consolidadas são aplicadas, como o monitoramento e proteção de ninhos e fêmeas nas praias, seguindo protocolos bem definidos. Tal trabalho só pode ser executado por instituições com expertise na área e demanda a execução sistemática e continuada da metodologia durante muitos anos. Esses programas de monitoramento fornecem a séries de dados confiáveis, que por sua vez, são essenciais para se avaliar o risco de extinção das espécies, além de possibilitar a reversão de quadros que poderiam resultar em extinção.
Atividades como a marcação e a recaptura de tartarugas marinhas permitem identificar ciclos reprodutivos, número de visitas que as tartarugas realizam nas praias, residência em áreas de alimentação, assim como, o recrutamento nas áreas de reprodução. Tais pesquisas quando associadas a recursos como a telemetria são estratégicas, por permitir identificar rotas migratórias, bem como locais em que elas permanecem para alimentação e reprodução, além de avaliar como a dinâmica dos oceanos influencia os movimentos desses animais.
Todas essas pesquisas demandam autorização prévia dos órgãos competentes para a execução e o Centro TAMAR/ICMBio conta com um corpo técnico que avalia as diferentes propostas e dialoga diretamente com os pesquisadores interessados.
Caso você seja pesquisador e tenha interesse em estudar as tartarugas marinhas, formalize seu projeto por meio do SISBIO.