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Temporada reprodutiva 2022-23 fecha com saldo de mais de 25 mil ninhos de tartarugas marinhas protegidos
Vitória (07/07/2023) – Para se chegar ao cume de uma montanha, se começa pelo primeiro passo. Essa frase oriental fala muito do trabalho de conservação das tartarugas marinhas no Brasil, que começou nos anos 80 e se consolida como bem-sucedido, consolidado e rendendo lindos frutos.
O sucesso não chega fácil, e envolve trabalho, dedicação, empenho de equipes em campo. Exemplos não faltam, como o envolvimento com as comunidades e a mudança do paradigma de que tartaruga viva na natureza é infinitamente melhor, para a sociedade, do que morta para o consumo de carne, ovos e casco.
O término de cada temporada reprodutiva revela resultados sempre muito significativos para a sociedade brasileira e para o mundo, já que esses animais pré-históricos atravessam mares, fazendo de uma região seu território de alimentação e de outra sua área de reprodução.
Nesta temporada reprodutiva nas praias brasileiras, foram mais de 25 mil ninhos até o fechamento deste texto, protegidos ao longo da costa, graças ao empenho e dedicação em campo de muitas instituições que, orientadas e supervisionadas pelo Centro TAMAR/ICMBio, desde os idos anos 80, executando diversas ações de proteção tanto a fêmeas quanto a filhotes nas praias brasileiras.
E é da Fundação Projeto TAMAR, pioneira e desbravadora, o mérito de ter monitorado e protegido mais de 23 mil ninhos (total 23.023) nos estados do RJ, ES, BA, SE, PE e RN – a maioria do total computado nesta temporada. Seguido da Reserva Biológica de Atol das Rocas, unidade de conservação gerida pelo ICMBio no RN, registrou 335 ninhos de tartarugas marinhas, seguido da ONG Ecoassociados e da Associação Guajiru, que monitoraram e protegeram 259 (PE) e 238 ninhos (PB), respectivamente, assim como as demais da tabela abaixo
O trabalho se consolida de forma transversal, envolvendo instituições em diferentes esferas, como ONGs, OSCIPs e Associações, universidades, que que de forma independente e com recursos próprios, somadas às ações de governos Federal (TAMAR/ICMBio) e estaduais e municipais (Secretarias de Meio Ambiente) vai se estruturando uma Rede Nacional, seja pela presença em campo, seja pela gestão de políticas públicas que venham a protegê-las, fazendo do Brasil um pais que vem contribuindo para a recuperacao e conservação destas especies transnacionais, patrimônio biológico da humanidade. Confira os dados na íntegra abaixo: