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TAMAR/ICMBio lança Manual que auxiliará pesquisadores em atividades de campo
Vitória (24/05/2023) – A atividade em campo, de inúmeros pesquisadores e conservacionistas, lidando com as cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem na costa brasileira, não é feita à revelia. Isso ocorre graças a um longo processo de aprendizagem e trocas de experiências, nacionais e internacionais, que hoje orienta o Centro TAMAR/ ICMBio junto ao Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade - SISBIO. Muitos são os desafios para que, no campo, sejam cumpridas todas as regras e protocolos. E para auxiliar nesta comunicação o Centro TAMAR/ICMBio lança, nesta Semana da Biodiversidade (22-26/05/23), o Manual de Conservação das Tartarugas Marinhas.
O foco central da publicação é que os trabalhos de pesquisa e conservação destas espécies nas áreas reprodutivas seja feito de modo a garantir as condições naturais de incubação e nascimento, evitando, ao máximo, interferências nestes processos. Sob o slogan do ‘menos é mais’, no que se refere à manipulação de ovos ou animais vivos, os pesquisadores poderão continuar desenvolvendo suas pesquisas, porém garantindo que esses animais pré-históricos e extremamente importantes para o equilíbrio de todo o ecossistema marinho-costeiro perpetuem-se e sigam com vida longa.
Fruto da dedicação de toda a equipe do Centro, o Manual vem esclarecer detalhadamente os protocolos e promover o intercâmbio de informações junto a pesquisadores e instituições já devidamente autorizadas pelo SISBIO para essas ações de pesquisa e conservação com tartarugas marinhas in situ – em seus locais naturais.
“Nosso objetivo é nivelar todos esses protocolos de forma bem ampla ao público específico de pesquisadores, mas também à sociedade em geral, que acompanha e apoia os trabalhos. Persistem os desafios de evitar que sejam feitas manipulações indevidas de fêmeas ou filhotes. Nosso olhar é transversal e estamos querendo avançar sempre. E, para isso, nada melhor do que informação e diálogo”, frisa a analista ambiental e veterinária que coordena a Base Avançada do TAMAR/ICMBio em Regência, Linhares-ES, Cecilia Baptistotte.
Para a analista ambiental, e também veterinária, que coordena a Base Avançada do TAMAR/ICMBio em Guriri, São Mateus-ES, Kelly Bonach, problemas pontuais envolvendo manejos equivocados de filhotes têm chamado a atenção do centro, inclusive porque, muitas vezes, ganham a dimensão de publicidade em redes sociais como Instagram. “Já dialogamos sobre o que chamamos de ‘erros pontuais de percurso’ com pesquisadores e o Manual chega para aprimorar ainda mais o que pode e o que não deve ser feito em campo”, explica Kelly.
O manual será publicizado imediatamente junto à rede de pesquisadores que já atuam em campo no momento – devidamente autorizados via SISBIO (ICMBio) ou via ABIO (IBAMA) - via mala direta e permanecerá disponível para acesso do público em geral para leitura no site do Centro TAMAR/ICMBio, como estudantes e amantes das tartarugas marinhas.
A Portaria do SISBIO-ICMBio (No 748/2022) detalha em que circunstâncias o manejo de tartarugas marinhas e de outros animais pode ser dar:
- captura ou marcação in situ,
- coleta de espécimes e de amostras biológicas,
- manutenção temporária em cativeiro,
- transporte de espécimes e de amostras biológicas coletados in situ,
- pesquisa em unidade de conservação federal e manejo para conservação in situ previsto em plano de ação nacional do ICMBio,
- programa de manejo populacional do ICMBio ou plano de manejo de unidade de conservação federal.
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Acesse o Manual de Manejo para Conservação das Tartarugas Marinhas na íntegra, clicando AQUI.
Comunicação
TAMAR/ICMBio
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