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Centro TAMAR/ICMBio participa de 41º Simpósio Internacional de Tartarugas Marinhas
Vitória (26/04/2023) – O Centro TAMAR/ICMBio marcou presença no 41º Simpósio Internacional de Tartarugas Marinhas (ISTS41), ocorrido entre os dias 18 e 24 de março, em Cartagena, Colômbia. O objetivo do ISTS41 foi reunir uma comunidade de delegações de 78 países abordando uma série de disciplinas desde ciência, medicina, educação, políticas públicas a esforços comunitários de conservação.
Ao todo circularam pelo evento quase 600 participantes entre especialistas em tartarugas marinhas, governos, ambientalistas e conservacionistas, além de grupos indígenas, pesquisadores e acadêmicos. A delegação brasileira contou com a presença de cerca de 20 especialistas de instituições como a Fundação Projeto TAMAR, Projeto Aruanã, IMD, e universidades como a Furg, UFES, FioCruz, empresas de consultorias, além de estudantes, doutorandos, e do governo federal representado pelo Centro TAMAR/ICMBio.
Todos esses países e delegações se reuniram para compartilharem conhecimento, desenvolverem capacidades de atuar em rede, de forma cada vez mais colaborativa, com o foco transfronteiriço de proteger e conservar as sete espécies de tartarugas marinhas existentes no mundo.
Nesta 41a edição do ISTS o tema foi a integração entre comunidades locais e tecnologias de monitoramento em prol da conservação das tartarugas marinhas (“Bridging communities and technology for marine turtle conservation”). Os três primeiros dias do encontro em Cartagena foram dedicados a 12 workshops e 7 reuniões regionais.
Para o coordenador do Centro TAMAR/ICMBio, Joca Thomé, encontros como este são imprescindíveis para unir diferentes perspectivas e conhecimentos acerca das tartarugas marinhas. “As 7 espécies de tartarugas que ocorrem no mundo, e destas as cinco que ocorrem na costa brasileira são animais importantíssimos para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos, que são o verdadeiro pulmão do mundo. E precisamos trabalhar junto aos países fronteiriços das américas e com os países africanos, que compartilham estas populações.”, frisa Joca.Na reunião regional de especialistas da América Latina - RETOMALA (Reunión de Especialistas sobre Tortugas Marinas en Lationamerica), o pesquisador da Fundação Projeto TAMAR, Fábio Lira, apresentou um painel especial sobre a nova geração de pesquisadores de tartarugas marinhas oriundos das comunidades locais (Community-Based Conservation of Marine Turtles: The Next Generation) - ocasião em que fez um depoimento pessoal sobre a importância do envolvimento comunitário nas atividades de pesquisa e conservação, e contou a sua experiência de crescer em Pirambu-SE cercado pelas atividades da Fundação Projeto Tamar – uma das instituições parceiras na execução do PAN Tartarugas Marinhas, coordenado pelo Centro TAMAR/ICMBio.
Entre alguns dos principais serviços que as tartarugas marinhas prestam ao planeta estão a transferência de grandes quantidades de carbono para áreas profundas dos oceanos durante o processo de alimentação, através do consumo de organismos de águas rasas, contribuindo para a função dos oceanos como sumidouros de carbono.
A International Sea Turtle Society (ISTS) realizou o evento pela primeira vez na Colômbia, e pela segunda vez na América do Sul. O tema do simpósio foi “unir comunidades e tecnologia para a conservação das tartarugas marinhas”, e enfocou um novo escopo do que deve ser a conservação baseada na comunidade em todo o mundo, aplicando tecnologias e técnicas de campo para os pesquisadores lidarem com os desafios futuros na biologia da conservação das tartarugas marinhas.
Logotipo do 41o ISTSO logotipo ISTS41 combinou conservação e cultura, incorporando o foco da preservação da tartaruga-de-pente com os icônicos vendedores de frutas palenqueras de Cartagena. No logotipo, uma palenquera – mulher de Cartagena - mostra a tartaruga a uma criança, simbolizando a importância de passar essa paixão pela conservação para as próximas gerações.Palenqueras são mulheres de Cartagena, vestidas com trajes coloridos e com um grande sorriso, cujas figuras embelezam o Centro Histórico de Cartagena das Índias, integrando-se como parte da paisagem. A razão do nome se deve às origens dessas mulheres que vendem frutas tropicais e doces, nativas da primeira cidade livre de escravos da América, chamada San Basilio de Palenque, um distrito de Mahates-Bolivar.
Centro TAMAR/ICMBio
Com edições das fontes: Portal do ISTS41, Portal Notícias Vital e Fundação Projeto TAMAR