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PAN Cavernas do Brasil realiza segunda oficina de monitoria
Participantes da segunda oficina de monitoria do PAN Cavernas do Brasil - Foto: divulgação
Nos dias 22 e 23 de outubro, foi realizada a segunda oficina de monitoria do Plano de Ação Nacional para Conservação do Patrimônio Espeleológico Brasileiro (PAN Cavernas do Brasil), na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Santuário do Caraça (MG). A atividade teve como objetivo mensurar a eficácia do planejamento, como ocorre com todos os Planos de Ação Nacionais. A ideia do encontro foi avaliar se a execução das ações está conduzindo aos produtos planejados dentro do prazo estabelecido e realizar ajustes para melhorar a execução do PAN.
Elaborado em 2021, o PAN Cavernas do Brasil propõe ações que visam ampliar e divulgar o conhecimento técnico científico, minimizar as ameaças e promover a restauração e conservação do Patrimônio Espeleológico brasileiro, desenvolvendo e aprimorando mecanismos de proteção e controle voltados ao uso sustentável das cavidades naturais subterrâneas. Ao final da segunda oficina, foi observado que das 45 ações previstas, 25 ações (56%) estão sendo implementadas pelos articuladores dentro do período previsto de execução. Dez ações (22%) apresentam problemas de execução, duas ações (5%) não foram iniciadas no período previsto e três ações (7%) foram concluídas. Além disso, o PAN também possui cinco ações (11%) cujo início planejado para sua execução é posterior ao período que foi monitorado.
Durante a oficina, houve o momento “EspeleoAção” em que a promotora do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e membro do PAN, Dra. Giselle Ribeiro de Oliveira, apresentou sua tese defendida em mestrado, “Conservação de Cavidades Naturais Subterrâneas enquanto patrimônio cultural brasileiro: escrutinando o posicionamento do IPHAN a partir do estudo de caso da Paleotoca situada na Serra do Gandarela (MG)”. Já Jeniffer Barros, bióloga e doutora em biologia animal, coordenadora do programa da Bat Conservation International no Brasil e colaboradora de algumas ações do PAN, apresentou o trabalho que vem desenvolvendo no país com o intuito de frear a extinção de morcegos e promover o bem-estar das comunidades por meio de iniciativas de conservação.
O evento reuniu membros do Grupo de Assessoramento Técnico (GAT), composto por analistas ambientais do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (ICMBio/Cecav), profissionais da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF/MG), além de membros da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE); A oficina foi coordenada pelo analista ambiental Maurício de Andrade (ICMBio/ Cecav).
Sobre o PAN Cavernas do Brasil
Após a segunda monitoria, o PAN Cavernas do Brasil passou a contar com 43 ações, que são distribuídas em quatro objetivos específicos, visando cumprir o objetivo geral: prevenir, reduzir e mitigar os impactos e danos antrópicos sobre o patrimônio espeleológico brasileiro, espécies e ambientes associados, em cinco anos. Além disso, contempla 169 táxons nacionalmente ameaçados de extinção, estabelecendo seu objetivo geral, objetivos específicos, prazo de execução, formas de implementação, supervisão e revisão.