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Lajedo de Soledade tem estrutura de visitação revitalizada
Considerado um dos mais importantes sítios arqueológicos do Brasil, o Lajedo de Soledade, localizado em Apodi (RN), acaba de ter sua estrutura de visitação revitalizada. O projeto foi financiado com recursos do Termo de Compromisso de Compensação Espeleológica (TCCE) no 01/2022, firmado entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Vale S.A. Além de oferecer uma estrutura que faça jus ao patrimônio natural potiguar, o projeto visa proporcionar uma melhor experiência aos visitantes.
O Lajedo de Soledade é uma das áreas naturais mais conhecidas e aproveitadas turisticamente no Rio Grande do Norte. Além da importância arqueológica, é também um significativo sítio para realização de pesquisas científicas em diversos outros campos. Nesse afloramento, são encontradas diversas ravinas e outras feições cársticas, onde estão registradas pinturas e gravuras rupestres. Atualmente, são conhecidas 11 cavernas no lajedo, que é o berço da espeleologia na região.
Reinauguração do Museu do Lajedo de Soledade
O evento de reinauguração ocorreu no dia 07 de outubro e contou com a presença da comunidade do distrito de Soledade, dos integrantes da FALS, vereadores e o prefeito de Apodi/RN, Neilton Diógenes, representantes do Governo do Estado e de municípios vizinhos, além de pesquisadores parceiros do Lajedo de Soledade.
Estiveram também presentes o Coordenador do ICMBio/Cecav, Jocy Brandão Cruz, os servidores da Base Cecav/RN Diego Bento e José Iatagan e alguns pioneiros na conservação do Lajedo de Soledade, Maria Auxiliadora da Silva Maia (Dodora), Adailton José Targino e Francisco William da Cruz (Chico Bill).
O histórico do patrimônio natural
Durante muito tempo, o Lajedo de Soledade sofreu com a ameaça constante da mineração irregular para produção de cal. Desde a década de 1960, diversas iniciativas tentaram garantir a conservação do lajedo. No entanto, somente após apoio da Petrobras, no início da década de 90, a situação começou a mudar.
À época, foram capacitados 10 guias locais e construído o Museu do Lajedo de Soledade, inaugurado em 1993. Também nesse período foi criada a Fundação Amigos do Lajedo de Soledade (FALS), que tem como objetivo principal proteger, regulamentar e monitorar as visitas de turistas e estudantes ao sítio arqueológico.
De 1993 a 2009, o Lajedo de Soledade recebeu mais de 80 mil pessoas, e hoje vem recebendo de 600 a 700 visitas/mês, sendo mais de 90% estudantes secundaristas e universitários do Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco. O projeto revitalização da estrutura de apoio à visitação do Lajedo de Soledade objetiva ampliar esses números, além de atender aos componentes 1, 3, 5 e 6 do Programa Nacional de Conservação do Patrimônio Espeleológico (Portaria 358/2009/MMA). O projeto é coordenado por um dos diretores da FALS, Zacarias Targino de Freitas.