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Em parceria com o ICMBio/Cecav, projeto registra as riquezas naturais e o potencial turístico do Parque Estadual de Ibitipoca
Para registrar o número de cavidades e do potencial turístico existente no Parque Estadual de Ibitipoca, localizado na Serra do Ibitipoca, em Minas Gerais, um projeto financiado por meio de recursos de um Termo de Compromisso de Compensação Espeleológica (TCCE) desenvolveu o Cadastro e Avaliação dos Aspectos Espeleoturísticos. O trabalho pretende auxiliar a gestão na elaboração do Plano de Manejo Espeleológico (PME) da unidade de conservação (UC).
O parque estadual é um importante distrito espeleológico mundial, resguarda inúmeras feições cársticas desenvolvidas em rochas siliciclásticas, no caso o quartzito, o que acarreta um elevado valor científico e turístico à região. Diversos estudos foram desenvolvidos com o intuito de explicar a formação dessas feições e de divulgar o potencial turístico presente, no entanto, nenhum banco de dados ordenado ainda havia sido desenvolvido.
“O Parque Estadual de Ibitipoca é uma unidade de conservação muito importante não só para o turismo regional, mas para o nacional também. O cadastro foi importante para ampliar nosso conhecimento sobre o patrimônio espeleológico existente e, com isso, nos auxiliar nas atualizações do PME e no direcionamento das ações, dos programas de manejo, de conservação, de monitoramento e de pesquisa em relação às cavidades aqui encontradas”, afirmou a gestora da UC, Clarice Silva.
A maior caverna de quartzito do Brasil
No interior da unidade de conservação, que já tem mais de 50 anos, encontra-se a maior caverna de quartzito do Brasil. De acordo com Clarice Silva, o parque é o mais visitado entre as UCs estaduais de Minas Gerais, recebendo um número expressivo de visitantes de diversas regiões do mundo. “O potencial espeleoturístico do parque é enorme, hoje temos apenas nove cavernas abertas à visitação, o cadastro trouxe as informações de 13 cavernas, então isso amplia nosso estudo e conhecimento. Pretendemos futuramente, por meio do PME, aumentar as oportunidades de espeleovisitação”, informou a gestora.