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DRÍADE: a Rede de Estudos e Práticas em Preservação Digital
A Rede de Estudos e Práticas em Preservação Digital - DRÍADE, coordenada atualmente pela pesquisadora Flor de María Silvestre Estela, foi criada para atender à demanda de realizar pesquisas e desenvolver soluções tecnológicas voltadas para a rede de serviços de preservação digital de documentos eletrônicos no Brasil. Certificada no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, a DRÍADE faz parte da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital (Cariniana) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).
Ao longo de seus mais de 10 anos de existência, a DRÍADE tem se adaptado às dinâmicas tecnológicas em constante evolução, principalmente no que diz respeito à comunicação e ao compartilhamento de informações. Com a participação ativa de pesquisadores em nível nacional e internacional por meio das plataformas de comunicação da Cariniana, a rede promove um ambiente colaborativo e diversificado. Esse processo leva em consideração o perfil geracional de seus membros, que incluem pesquisadores de diferentes partes do mundo, unidos pelo interesse comum na preservação digital.
O coordenador da Rede Cariniana, Miguel Arellano, explica que a estrutura da DRÍADE está dividida em dois pilares: as linhas de pesquisa e os grupos de estudos. "As linhas de pesquisa são aquelas que determinam quais são as abordagens nas quais os pesquisadores vão atuar dentro das atividades da Rede de um ponto de vista mais teórico. Já os grupos de estudo são responsáveis pelas práticas que serão analisadas e aplicadas, assim como a produção bibliográfica".
Atualmente, a rede conta com a participação de 125 profissionais que integram uma das cinco linhas de pesquisa ou um dos cinco grupos de estudo, sendo que cada linha e cada grupo são liderados por um pesquisador renomado nas temáticas da DRÍADE. Entre os membros, estão pesquisadores, professores, bibliotecários, arquivistas, museólogos, profissionais de TI, alunos e outros interessados no tema, tanto em nível nacional quanto internacional. Durante o ano, são realizadas reuniões mensais entre os líderes e seus grupos, além de encontros entre os líderes e o coordenador da Rede Cariniana.
Flor de María Silvestre Estela, pesquisadora da Rede Cariniana e Coordenadora da Rede DRÍADE conta que as atividades dos subgrupos envolvem levantamento bibliográfico, rodas de conversa, palestras, escrita de artigos e capítulos de livros e traduções, entre outros. "Há um ciclo regular de apresentações orais, que inclui palestras, rodas de conversa, lives e workshops, voltados tanto para os membros da DRÍADE quanto para o público interessado na temática. Além disso, os participantes de cada linha ou grupo são registrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, e os produtos e serviços desenvolvidos são apresentados no Seminário Internacional de Preservação Digital (SINPRED)".
Segundo a coordenadora, a comunicação entre os membros é realizada, em grande parte, pelo WhatsApp, com um grupo geral que abrange todas as linhas e grupos, além de subgrupos específicos para cada um. Ao final de cada ciclo anual, os participantes recebem uma declaração de participação. "Acreditamos que a força da DRÍADE está no aprendizado colaborativo e na troca de conhecimento, tanto individual quanto coletiva. A experiência da Cariniana com a rede DRÍADE demonstra como a colaboração e a adaptação às inovações tecnológicas fortalecem a preservação digital no Brasil, consolidando a rede como uma referência internacional na Preservação Digital".
No decorrer dos próximos meses, a Divisão de Comunicação do Ibict, em parceria com a Rede Cariniana, publicará uma série de textos sobre cada uma das linhas de pesquisa e grupos de estudo:
Linhas de Pesquisa:
• Patrimônio e Memória Digital
• Preservação Digital em Museus
• Preservação Digital de Publicações Eletrônicas
• Preservação Digital de Documentos Arquivísticos
• Preservação Digital da Memória Indígena
Grupos de Estudos:
• Arquivamento Web
• Preservação de Dados de Pesquisa
• Preservação de Repositórios Institucionais
• Preservação Digital de Acervos Audiovisuais e Sonoros
• Inteligência Artificial (IA) na Preservação Digital – PreservIA (grupo criado no segundo semestre de 2024)
Como participar: A cada semestre são abertas vagas para novos participantes nas linhas ou grupos de estudo. As inscrições para o próximo ciclo ocorrem em janeiro e fevereiro de 2025, com início das atividades em março. Cada interessado pode se inscrever em apenas uma linha ou grupo de estudo e a participação está sujeita a uma prévia avaliação.
Mais informações sobre os requisitos e o processo de inscrição estão disponíveis neste link.