Tiago Braga apresenta proposta de Combate à Desinformação no VII WIDaT

O Diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Tiago Braga, apresentou ontem pela manhã, durante o VII Workshop de Informação, Dados e Tecnologia (WIDaT), a proposta intitulada "Difusão: primeiros passos de uma proposta informacional para o combate à desinformação". O evento, que ocorreu pela primeira vez na região norte do Brasil, foi sediado pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR) em parceria com o Instituto Federal de Rondônia (IFRO).

O trabalho, assinado por Braga e uma equipe multidisciplinar do Ibict, descreve o esforço para estabelecer uma infraestrutura informacional para promover a integridade da informação no Brasil. O estudo, de natureza qualitativa e aplicada, resultou em diretrizes conceituais que formam a base de um projeto estratégico nacional. O projeto visa estruturar equipes multidisciplinares, organizadas em grupos de trabalho com expertises variadas para abordar o problema de diferentes ângulos.  A partir daí formar uma esquematização da infraestrutura informacional, com a criação de um framework colaborativo e representativo que garanta a interação de diversas instituições ligadas ao ecossistema brasileiro de Ciência e Tecnologia.

A proposta surge como resposta aos graves impactos negativos da desinformação que agravou-se durante a pandemia de COVID-19. A plataforma nacional pretende oferecer ferramentas e estratégias para identificar e combater a disseminação de informações falsas, com o financiamento do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça.

Durante sua apresentação, Tiago Braga destacou a importância de enfrentar a desinformação como um esforço central para a sociedade brasileira. Ele ressaltou que muitas entidades e indivíduos estão na linha de frente desse combate, frequentemente enfrentando resistência de diversas forças contrárias, incluindo algoritmos e instituições que perpetuam a desinformação. Braga enfatizou que a desinformação afeta diretamente a população, que se torna vulnerável a informações falsas, e destacou a proposta do Ibict como um esforço institucional e científico para liderar a luta contra esse problema.

Braga também mencionou a importância de respaldar a comunidade científica, permitindo que pesquisadores aprofundem seus conhecimentos e explorem problemas sociais sem o risco de serem submetidos a políticas de cancelamento. Ele apontou que, durante a pandemia de COVID-19, pesquisadores desempenharam um papel crucial na divulgação científica e na oposição às informações falsas promovidas por diversos atores. Braga observou que o Brasil, devido à quantidade de desinformação durante a pandemia, teve uma das maiores taxas de mortalidade relativa à COVID-19, destacando a urgência de um combate organizado e eficaz à desinformação.

O VII WIDaT reuniu comunidades científicas, privadas, estatais e da sociedade civil para discutir a integração e aplicação de conhecimentos em ciência da informação, ciência da computação, engenharias, direito, entre outras áreas. Com o tema "Informação, dados e tecnologia para a proteção de povos e biomas amazônicos", o evento destacou a urgência de soluções locais para problemas ambientais e sociais.

Para mais informações sobre o trabalho apresentado, acesse o artigo completo aqui.